Apesar de críticas à ex-gestão da Funai, Lula nomeia coordenadora do órgão para cargo de confiança
Carla Costa atuava no licenciamento ambiental na fundação e foi nomeada para o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI)
Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília
![Carla Fonseca de Aquino Costa foi coordenadora-geral de Licenciamento Ambiental da Funai](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/5ODLF75ZLJJKLILHWBWTZ2ORLI.jpg?auth=33a5d748492a05693c499d741ec81130a3fb4618292ba863cb92b93a3e9d2bea&width=768&height=524)
O governo federal nomeou uma ex-coordenadora da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) da gestão de Jair Bolsonaro (PL) para um cargo de confiança na Casa Civil. Carla Fonseca de Aquino Costa foi coordenadora-geral de Licenciamento Ambiental da Diretoria de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável da Funai durante o governo do ex-presidente.
No governo Lula, ela será diretora de programa da Assessoria Especial da Secretaria Especial para o Programa de Parcerias de Investimentos da Casa Civil da Presidência da República.
Carla trabalhou com Marcelo Xavier, ex-presidente da Funai, que foi alvo de críticas por fazer demissões generalizadas e trocar o comando de coordenações de áreas da fundação. Xavier demitiu o indigenista Bruno Pereira, que era coordenador-geral de Índios Isolados e acabou assassinado em junho de 2022 ao lado do jornalista britânico Dom Phillips.
![Reprodução com nomeação de Carla Costa para cargo na Casa Civil](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/DORTR6IOXBNJDONQXFZ6NOUR6I.png?auth=359973866162a31d6a293906b6f321a8cb9e76f38145aba281558b6bbff9097b&width=937&height=510)
Em 2020, lideranças indígenas pediram a exoneração de Carla Costa da coordenadoria de licenciamento ambiental da Funai. A avaliação era de que ela estaria atrasando a renovação de um programa ambiental aos indígenas. Carla também era acusada de acelerar o processo de licenciamento de reconstrução de rodovias que atravessam terras indígenas entre Porto Velho (RO) e Manaus (AM).
Ela é analista ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) desde 2011. Lá, foi chefe de Regularização Ambiental e Delegação de Competência entre 2017 e 2019. Ainda no Ibama, Carla foi coordenadora de Licenciamento Ambiental de Transportes. Entre 2018 e 2019, atuou como instrutora do Curso Básico de Licenciamento Ambiental na Escola Nacional de Administração Pública (Enap).
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Na Funai, a área sob coordenação de Carla era responsável por atuar nos processos de licenciamento ambiental que afetam as terras indígenas, por meio de estudos do componente indígena.
O R7 enviou demanda para a Secretaria de Comunicação da Presidência da República e para a Casa Civil e aguarda retorno. A reportagem também ligou e mandou mensagens para Carla Costa, mas ela não respondeu.