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R7 Brasília

Dutra nega ter impedido desmonte de acampamento em frente ao QG do Exército 

General presta depoimento à CPMI do 8 de Janeiro e afirma que estratégia para minar o agrupamento era dificultar acesso

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Militar justificou estratégia usada durante atos
Militar justificou estratégia usada durante atos

O general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, ex-chefe do Comando Militar do Planalto, negou que o Exército tenha impedido o desmonte do acampamento erguido por manifestantes contrários ao resultado das eleições presidenciais de 2022. Em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, o militar respondeu que a estratégia usada era a “indireta”, evitando confronto direto com os acampados e dificultando acesso de novas pessoas e mantimentos à região.

“Adotamos a estratégia indireta para a desmobilização do acampamento, o que implicou a prevalência das ações que evitavam qualquer enfrentamento direto dos manifestantes”, declarou o general, afirmando que essa tática se mostrou adequada, já que, com o tempo, houve o decréscimo do número de manifestantes. Ele também disse que não houve omissão por parte da Força. 

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Dutra informou que, no auge do acampamento, a concentração chegou a 100 mil pessoas, em 15 de novembro de 2022. Já em 6 de janeiro, segundo ele, havia aproximadamente 200 pessoas no local, e essa formação, “em quase sua totalidade, era composta por indivíduos vulneráveis que não possuíam condições financeiras para retornar ao estado de origem ou não tinham para onde ir”.


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A relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), criticou a estratégia adotada pelo Exército de não atuar para desmontar o acampamento, que, segundo ela, era um espaço “de debate, discussão e orientação em torno de ações criminosas”, como mostram documentos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e da própria Inteligência do Exército.

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