Em Brasília, governador do Rio Grande do Sul se reúne com Pacheco e tenta agenda com Lula
Eduardo Leite quer tratar de ações voltadas para o estado, assolado por chuvas e enchentes desde o fim de abril
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), cumpre agenda nesta quarta-feira (5) em Brasília. Na parte da manhã, participa de cerimônia do governo federal no Palácio do Planalto por ocasião do Dia Mundial do Meio Ambiente e, à tarde, se reúne com o presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O gaúcho tenta uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas ainda não obteve resposta.
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“Na semana passada, conversei com a ministra Marina Silva porque, dentro do nosso plano de reconstrução do Rio Grande do Sul temos um comitê científico da adaptação e resiliência climática, e estou pedindo a participação do ministério nesse comitê... E então a ministra me convidou para estar aqui hoje. O Rio Grande do Sul é um símbolo do quão importante a gente ter a compreensão do que está acontecendo em relação ao clima”, disse o governador.
“E naturalmente espero conversar com o presidente Lula para poder alinhar outras ações e trazer nossos principais pleitos, que são dois. Um programa para manutenção de emprego e renda, essencial para as empresas afetadas. E temos também a recomposição de receitas para o governo, uma vez que o governo e as prefeituras vão sofrer uma queda muito forte da arrecadação, o que vai prejudicar a prestação de serviços à população”, completou.
Leite deve tratar, nas reuniões, de ações voltadas para o Rio Grande do Sul, assolado por chuvas e enchentes. Dados divulgados pela Defesa Civil às 9h desta quarta afirmam que 172 pessoas morreram em decorrência da tragédia ambiental e outras 41 estão desaparecidas. Além disso, 806 pessoas estão feridas e 572.781, desalojadas. Ao todo, 476 municípios e 2.392.686 moradores foram afetados.
No Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado nesta quarta-feira, Lula deve apresentar a ideia de que a meta do Acordo de Paris, de manter o aquecimento global entre 1,5ºC e 2ºC, “é insuficiente”. Além disso, ele deve cobrar a transferência de recursos de países ricos aos em desenvolvimento, com o objetivo de atingir o acordo.
“A meta do Acordo de Paris, de manter o aquecimento global entre um grau e meio e dois, já é insuficiente. Esse é uma mensagem que vamos reforçar no dia Mundial do Meio Ambiente, que celebramos em breve. Precisaremos de renovada ambição para o anúncio das novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) na COP 30, em Belém. O Brasil vai liderar pelo exemplo. Apresentaremos contribuições robustas. Nosso compromisso em zerar o desmatamento da Amazônia até 2030 está sendo cumprido”, disse Lula nesta semana.