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Em depoimento, hacker diz que está disposto a fazer acareações 'a qualquer momento'

A afirmação foi feita após um questionamento sobre as mediações feitas por Carla Zambelli para os interesses de Jair Bolsonaro

Brasília|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília

Delgatti Neto deu depoimento à CPMI nesta quinta
Delgatti Neto deu depoimento à CPMI nesta quinta

Em seu depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), o hacker Walter Delgatti afirmou que está disposto a fazer acareações “a qualquer momento” para esclarecer a suposta tentativa de inserção de um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes e a tentativa de fraude no sistema eleitoral. A afirmação foi feita após um questionamento do deputado Henrique Vieira (PSOL) sobre as mediações feitas pela duputada Carla Zambelli para os interesses do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Mais cedo, durante a oitiva, Delgatti ainda confirmou que Bolsonaro havia acionado o então ministro da defesa Paulo Sérgio Nogueira para facilitar a fraude nas eleições. “A ideia do ministro era mostrar que a urna não era segura, que era vulnerável. O relatório foi feito nesse sentido, de não comprovar a lisura”, afirmou o hacker.

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Após a afirmação, o deputado Duarte (PSB) entrou com um requerimento para ouvir o ex-ministro da defesa Paulo Sérgio Nogueira sobre as acusações feitas por Delgatti. O R7 não localizou a defesa do ex-ministro. O espaço está aberto para manifestações.

Em nota, a defesa de Bolsonaro afirmou que "nunca, jamais, houve grampo, nem qualquer atividade ilegal, nem não republicana, contra qualquer ente político do Brasil por parte do entorno primário" do ex-presidente.

Hacker diz ter ido cinco vezes ao Ministério da Defesa e orientado relatório sobre sistema eleitoral

O hacker Walter Delgatti esteve cinco vezes no Ministério da Defesa, a mando do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com o objetivo de pôr em prática o plano de divulgar à população questionamentos sobre a segurança do sistema eleitoral brasileiro. A informação foi dada por Delgatti à CPMI do 8 de Janeiro nesta quinta-feira. Segundo o hacker, a ordem de Bolsonaro foi repassada ao assessor especial Marcelo Câmara.

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