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R7 Brasília

Em dia de votação, Haddad diz que reforma tributária é decisiva para projeto de desenvolvimento

Texto será avaliado nesta terça (7) por comissão do Senado; para ministro, atual sistema tributário não leva 'a lugar nenhum'

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

Haddad espera que Congresso termine a análise da reforma até esta quarta (8)
Haddad espera que Congresso termine a análise da reforma até esta quarta (8)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta terça-feira (7) que a reforma tributária — que deve ser votada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) do Senado — é decisiva para o projeto de desenvolvimento do Brasil. Haddad espera que o Congresso Nacional termine a análise da matéria até esta quarta (8).

"Ela é a pedra angular do projeto de desenvolvimento. Estamos atravancando o desenvolvimento brasileiro com o sistema tributário atual. A disputa que se faz entre empresários muitas vezes se faz por planejamento tributário. Não vence o mais produtivo ou eficiente, mas, sim o que tem melhor advogado. Não vamos a lugar nenhum, não temos condição de avançar com esse sistema tributário atual", declarou o ministro durante palestra no Fórum Brasil de Investimento.

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"Não adianta querer apoiar a indústria com esse sistema tributário. Pode ter a melhor patente do mundo, mas, se estiver no meio do caos tributário em que estamos, vai ser muito difícil alcançar um patamar de excelência para competir no Brasil e fora do Brasil", avaliou.

O ministro aproveitou para convidar os senadores, que votarão a reforma, a "fazer integração para ter um único propósito, que é o desenvolvimento do país".


"É hora de fazermos chegar ao Senado um coro só, do país todo, para que hoje, ou no máximo amanhã, o plenário da Casa possa dar a palavra final sobre esse anseio de 40 anos e colocar o Brasil como um dos mais modernos sistemas tributários do mundo, saindo da 184º posição que ocupa, segundo o Banco Mundial. É inaceitável a nona economia do mundo ocupar essa posição vergonhosa", completou.

Para Haddad, o tema não é uma questão partidária nem ideológica. "Não se trata de PT e PL, de governo e oposição. É uma coisa geracional, que vai produzir efeitos por décadas. Não pode ser objeto de polarização. Façam apelo a senadores de sua relação, peçam para colocar a disputa partidária de lado hoje e colocar os interesses do Brasil em primeiro lugar", pediu.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, também discursou na abertura do fórum. Ela defendeu a aprovação da reforma tributária. "Sabemos o que temos de oferecer: previsibilidade, segurança jurídica e uma reforma tributária justa, como a que vai ser aprovada, se Deus quiser, ainda neste ano, mas é mais do que isso. O ministério ontem apresentou ao presidente Lula nosso programa de integração regional com a América do Sul", declarou Tebet.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, também ressaltou a importância da aprovação da reforma tributária. "O presidente Lula está fazendo reformas que tiram os gargalos para a gente ter crescimento econômico forte e sustentável. A primeira para neoindustrialização é a reforma tributária, que simplifica, retira cumulatividade, desonera completamente investimento e exportação e reduz o custo Brasil", afirmou Alckmin.

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