Em evento ao lado de Lula, Galípolo diz que obrigação do BC é ‘brigar por inflação na meta’
Recentemente, Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticaram a taxa de juros mantida em 15% pelo Banco Central
LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA
Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, afirmou nesta sexta-feira (10) que a obrigação do presidente da instituição financeira é brigar pela “inflação estar na meta”. A declaração foi dada ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que recentemente criticaram a decisão do BC de manter a taxa de juros em 15%.
“É normal que quem esteja na presidência de uma associação institucional tenha a obrigação de reclamar por taxas de juros mais baixas assim como quem é presidente de um sindicato tem que reclamar por salário mais alto é óbvio que a obrigação do presidente do Banco Central é brigar pela inflação estar na meta”, disse.
O comentário de Galípolo foi feito durante anúncio de um novo crédito imobiliário. A medida foi estruturada pelo BC em parceria com o governo federal, a pedido de Lula. Em seguida, Galípolo fez um aceno para o chefe do Palácio do Planalto.
“Essa visão estrutural a mais longo prazo eu preciso agradecer ao presidente Lula que desde o primeiro momento disse: ‘eu não quero uma solução paliativa, não quero uma solução que a vida das pessoas vai melhorar no momento para em seguida a gente dá passos para trás. Eu quero uma solução estrutural’. Esse foi o pedido do presidente Lula para toda a equipe”, contou.
Leia mais
Críticas de Lula
Na última sexta-feira (3), o presidente Lula voltou a cobrar uma redução da taxa de juros no Brasil, após decisão do Banco Central de manter o patamar da taxa básica, a Selic, em 15% ao ano.
“Temos um problema com a taxa de juros que está alta. Vamos ter que cuidar para que ela abaixe um pouco mais porque a gente precisa ter consciência de que inflação baixa e juro baixo significam crescimento, significam geração de emprego, significam melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro e, disso, eu não abro mão”, afirmou.
Nos últimos dias, o ministro da Fazenda também fez comentário sobre a taxa elevada. “Os juros no Brasil não se explicam só pela questão fiscal. Na minha opinião, existem muitas coisas. O fiscal é importante, mas não é a única explicação para esse patamar de juros”, disse no fim de setembro.
O ministro avaliou que a taxa deve começar a cair “de forma consistente e sustentável”.
“Esses números do nominal vão se alterar, em algum momento com os indicadores de inflação que estamos colhendo, com o dólar no patamar que está, com tudo que está acontecendo, as coisas vão melhorar muito a partir do ano que vem”, garantiu.
Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp
