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R7 Brasília

Em evento com Lula, Ministério da Defesa anuncia início de alistamento militar feminino

Atualmente, mulheres podem entrar nas Forças Armadas apenas por meio de concurso público; pasta federal celebra 25 anos nesta quarta

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

Ideia inicial é recrutar mulheres a partir de 2025 Marcello Casal Jr/Agência Brasil - 7.9.2022

O Ministério da Defesa vai anunciar nesta quarta-feira (28) o início do alistamento militar feminino voluntário a partir de 18 anos, em evento de comemoração dos 25 anos da pasta federal, comandada por José Múcio. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai participar da cerimônia, que será no Clube do Exército, em Brasília. É a segunda participação do petista em agendas militares em menos de uma semana — Lula foi à solenidade em celebração ao Dia do Soldado na última quinta (22), no quartel-general do Exército, também na capital federal.

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A data oficial de fundação do ministério, no entanto, é 10 de junho. A ideia do governo federal é permitir a participação voluntária de mulheres nas três Forças Armadas a partir de 2025. Atualmente, elas conseguem entrar em carreiras militares apenas por meio de concursos públicos. A mudança não vai igualar a entrada feminina à adesão dos homens — o alistamento militar masculino é obrigatório.

A medida começou a ser estudada em junho deste ano pelas Forças, a pedido de Múcio. O R7 questionou os ministérios da Defesa e das Mulheres sobre questões básicas da iniciativa, como adequação de infraestruturas, como salas de amamentação e alojamentos, quantidade de vagas, orçamento total e capacitação da equipe, mas não recebeu retorno até a última atualização deste texto. O espaço segue aberto.

Em julho deste ano, pela primeira vez na história das Forças Armadas, a Marinha formou 114 mulheres soldados fuzileiros navais. As militares vão atuar em missões de paz pelo mundo. Com a novidade, a Marinha se antecipou à determinação do Ministério da Defesa.


À época da formatura, o ministro demonstrou ânimo com a inclusão de mulheres. “Alguns países, inclusive aqui na América do Sul, já têm uma posição bem mais à frente do Brasil. Isso significa dizer que está dando certo, dá [certo] em todos os lugares e aqui tenho certeza que será um sucesso absoluto”, declarou Múcio.

A participação feminina na carreira militar começou em 1980, também na Marinha, com a criação do Corpo Auxiliar Feminino da Reserva. Em 2012, houve a promoção da primeira oficial general.


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