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R7 Brasília

Em meio à alta do dólar, Lula se reúne com Haddad, fora da agenda, no Palácio da Alvorada

Encontro ocorre também no momento em que a equipe econômica do governo discute eventual revisão de gastos públicos

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

O presidente Lula e o ministro Fernando Haddad José Cruz/Agência Brasil - 09.04.2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na manhã desta quarta-feira (3) com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Palácio da Alvorada, em Brasília. O encontro, que não constava na agenda oficial dos dois, ocorre no momento em que o governo discute revisão de gastos e medidas para conter a alta do dólar.

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Haddad chegou à residência oficial da Presidência da República por volta de 8h20. O encontro durou um pouco mais de uma hora. Trata-se do primeiro encontro entre os dois nesta quarta-feira. À tarde, o ministro da Fazenda volta a se reunir com Lula. Desta vez, as ministras Simone Tebet (Planejamento) e Esther Dweck (Gestão) também participam. O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, também estará no encontro.

A expectativa é de que sejam discutidas medidas para conter a alta do dólar e a revisão de gastos públicos. “É um absurdo. Obviamente, a subida do dólar me preocupa, mas é uma especulação. Há um jogo de interesse especulativo contra o real. Tenho conversado com as pessoas sobre o que vamos fazer. Estou voltando quarta-feira e teremos essa reunião. Não é normal o que está acontecendo”, afirmou o presidente em entrevista a uma rádio de Salvador (BA) na terça-feira (2).

Recentemente, Lula concedeu diversas entrevistas e na maioria delas criticou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e a política monetária da instituição. O presidente sugeriu que Campos Neto tem um viés político. Além disso, o petista mencionou que o preço do dólar tem subido devido a processos de especulação financeira e sugeriu que o Banco Central investigasse essa questão.


A disparada do dólar, que começou em junho, se mantém nos primeiros dias de julho. A moeda bateu R$ 5,70 nesta terça-feira (2), após ter fechado na segunda-feira a R$ 5,64, maior valor em dois anos e meio. Com isso, a alta acumulada chega a 6,43% em junho e 15,14% no primeiro semestre, o maior salto neste ano entre os países emergentes e também a mais alta variação ante o real desde 2020.

Oficialmente, Haddad diz que o encontro desta tarde será exclusivamente para tratar de questões fiscais. “Nossa agenda com o presidente amanhã é exclusivamente fiscal. Aqui na Fazenda, estamos trabalhando em uma agenda fiscal para apresentar propostas para o cumprimento do arcabouço 2024, 2025 e 2026″, afirmou.

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