Em meio a debandada no DF, PDT filia a senadora Leila Barros
De acordo com o presidente do partido, Carlos Lupi, a senadora terá carta branca para definir o próprio destino na legenda
Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília
A senadora Leila Barros se filiou ao PDT na tarde desta quarta-feira (30). O movimento político da parlamentar em direção aos trabalhistas ocorre para que ela possa se candidatar a governadora do Distrito Federal. Leila é apontada pelo presidente do diretório regional do Distrito Federal, Georges Michel Sobrinho, como um dos nomes fortes do partido para concorrer às eleições na capital.
Leila se filia ao PDT após transitar por outras duas legendas. A parlamentar se elegeu senadora pelo PSB em 2018, mas trocou o partido pelo Cidadania em 2021, já articulando para disputar o Executivo local. Porém, desfiliou-se em março deste ano, depois que o Cidadania fechou questão para uma federação partidária com o PSDB.
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O presidente Nacional do PDT, Carlos Lupi, afirmou, na solenidade, que a senadora “tem uma carta em branco assinada pela direção nacional e distrital do PDT. É dona do próprio destino e será candidata a governadora do DF pra ganhar”, afirmou.
Em seu discurso, a senadora chorou ao falar do filho, que disse, a incentiva a prosseguir quando tem vontade de desistir. Ela falou que falta, na política, projetos de coletividade, e não projetos individuais.
Ex-PDT, o senador Reguffe, que trocou o Podemos pelo União Brasil, participou da solenidade e disse que construirá com o partido um projeto de DF, e que será um colaborador “de uma frente ampla pelo DF”.
O parlamentar ainda não definiu a que cargo concorrerá essas eleições, mas o GDF é uma das possibilidades. O senador Izalci Lucas (PSDB), já declarado pré-candidato ao GDF também participou da solenidade.
Crise
A filiação ocorre em meio a uma debandada do partido. A Câmara Legislativa perdeu todos os distritais da legenda. Cláudio Abrantes está de mudança para o PSD após uma articulação com o Buriti, Reginaldo Veras vai para o PV para se reeleger distrital.
As movimentações não pararam por aí. Com Veras indo para o PV acompanhado do ex-deputado Wasny de Roure. Para completar, a ex-distrital Eliana Pedrosa, que quer se lançar a deputada-federal, também deixou a legenda depois que não sentiu segurança para sua candidatura.
Segundo fontes do partido, a crise ocorre por conta da demora do diretório em fechar uma nominata, relação de nomes que vão competir nas eleições deste ano. Georges Michel, porém, garante que há tempo hábil para a definição.
Lupi mandou uma indireta aos dissidentes. Afirmou que os partidos políticos, nessas eleições, estão parecendo “uma porta de roleta de banco. “Um entra, um sai. Eu só falo, vai com Deus. Aos amigos, a porta da rua é serventia da casa. Vale comemorar quem vem. Estamos tranquilos e serenos”, afirmou.