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Em post direcionado a Lula, STF e Pacheco, relatora da CPMI do 8 de Janeiro diz que atuará com cuidado

Na comissão, Lula é alvo da oposição, que alega omissão do governo em impedir as invasões dos extremistas

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Senadora Eliziane Gama, relatora da CPMI
Senadora Eliziane Gama, relatora da CPMI Senadora Eliziane Gama, relatora da CPMI

A relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos extremistas, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), dirigiu-se ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao Supremo Tribunal Federal e ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para afirmar que atuará "com a diligência necessária para mostrar em detalhes capítulos que envolveram o 8 de Janeiro". 

Durante a primeira sessão da comissão, a senadora Eliziane já afirmou que fará um plano de trabalho "respeitando a maioria", indicação que agradou a base do presidente Lula. A relatora tem um alinhamento mais próximo ao governo, disse que quer focar o que antecedeu os ataques aos prédios dos Três Poderes e falou em identificar os autores intelectuais e financiadores, já que os executores estão na mira do Judiciário.

A sinalização não agradou a oposição, que questiona as prisões em massa e mira a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por suposta omissão na contenção dos invasores. Os senadores aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já planejam apresentar relatório paralelo da CPMI do 8 de Janeiro, estratégia levantada para o caso de a conclusão da relatora ir contra o que esperam. 

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Já o governo quer mirar o ex-presidente Bolsonaro e aliados como responsáveis por incitar apoiadores a questionar o resultado das urnas e, num ato extremo, depredar o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o prédio do Supremo Tribunal Federal. 

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Eliziane evitou dizer se Bolsonaro será convocado a depor, mas a reportagem apurou que a estratégia da base de Lula é convocar, primeiro, nomes ligados ao ex-presidente, para avaliar se há elementos robustos que justifiquem a presença de Bolsonaro.

Na lista de primeiros pedidos estarão depoentes como Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que está preso em um quartel do Exército, e Ailton Barros, detido pela Polícia Federal durante a operação que investiga supostas fraudes nos certificados de vacinação contra a Covid-19.

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Além deles, a base do governo também pretende convocar o ex-secretário de Segurança do DF e ex-ministro de Bolsonaro Anderson Torres, que foi preso durante as investigações sobre os ataques de 8 de janeiro.

Oposição questiona relatoria da CPMI

Mesmo com o acordo da maioria dos membros da comissão, a oposição diz que vai questionar na Justiça a escolha de Eliziane Gama para a relatoria do colegiado. Segundo o senador Marcos do Val (Podemos-ES), o resultado do relatório seria prejudicado, em razão de a senadora ser uma aliada do ministro da Justiça, Flávio Dino.

"Vou pedir o afastamento ou a troca da relatora pela questão da parcialidade. Quando o ministro Flávio Dino esteve no Senado, quem sentou ao lado dele foi a Eliziane Gama", afirmou Marcos do Val. Desde o início do movimento pela criação da comissão, o senador pleiteia a vaga de relator da CPMI dos atos extremistas que depredaram as sedes dos Três Poderes.

Em resposta, Eliziane disse que "não vai ser intimidada" pela oposição. "Ser aliada de Flávio Dino ou adversária de quem quer que seja não inviabiliza minha atuação aqui", afirmou.

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