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Em quatro meses, DF registra furto de 25,8 km de cabos de eletricidade

Comprimento equivale à distância entre o Museu Nacional da República, em Brasília, e a Praça do Relógio, em Taguatinga

Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília, e Fabíola Souza, do R7, em Brasília

Criminosos derrubaram poste para furtar cobre
Criminosos derrubaram poste para furtar cobre

O Distrito Federal registrou o furto de 25.895 metros de cabos de eletricidade entre janeiro e abril deste ano. O número é resultado do somatório do balanço divulgado pela Companhia Energética de Brasília (CEB) e Neoenergia. O comprimento de 25,8 km equivale a distância entre o Museu Nacional da República, na área central de Brasília, e a praça do Relógio, em Taguatinga. De carro, o trajeto pode ser percorrido em cerca de 40 minutos.

Em 2022, a soma das metragens furtadas da CEB e da Neoenergia foi de 86.542 metros (86,5 km), e o prejuízo foi de R$ 2.767.359,15.

Ao R7, o presidente da CEB, Edson Garcia, disse que os autores dos crimes estão se especializando. Ele destacou que quem furta cabos precisa saber o que está fazendo, sob o risco de levar um choque e até morrer.

Garcia lembrou do furto de cabos que ocorreu na Ponte JK, há cerca de um ano. Em uma única ação, sem despertar suspeita das autoridades, criminosos levaram 5 km de cabos e deixaram o monumento, um dos cartões postais da capital federal, no escuro.


Menos casos, mais cabos

Uma nota enviada pela Neoenergia também levanta a possibilidade de os criminosos serem pessoas com conhecimento de elétrica para as ações, pois o número de ocorrências de furtos de cabos da terceirizada caiu de 137 (entre janeiro e abril de 2022) para 90 (de janeiro a abril deste ano). A quantidade de fios, porém, foi de 10.661 metros no ano passado para 11.973 metros em 2023.

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"Informamos que registramos, nos quatro primeiros meses de 2023, 90 casos de furtos de cabos de energia na rede subterrânea, com 11.973 metros de fios. No mesmo período do ano passado, foram 137 furtos e 10.661 metros de cabos. Nota-se que a quantidade de casos diminuiu, mas a metragem dos cabos furtados aumentou, evidenciando uma especialização do crime", informou a Neoenergia.


De janeiro a março de 2023, a CEB teve 13.922 metros de fios roubados e um prejuízo de R$ 332.040. Já em 2022, quando a companhia teve 45.439 metros de cabos furtados. O impacto financeiro foi de R$ 1.067.359,15. No mesmo período, o balanço da Neoenergia foi de 40.000 metros e R$ 1,7 milhão em prejuízos.

Dados da Polícia Civil

Segundo um levantamento da Polícia Civil do DF, de janeiro de 2022 a fevereiro de 2023, a corporação registrou 3,3 mil registros de furtos de cabos elétricos. Nesse caso, o balanço também inclui fiação de particulares. Desse total, 2.993 foram em 2022 e 308 em 2023. O pico de furtos aconteceu entre junho, julho e agosto, que registraram, respectivamente, 387, 421 365 boletins de ocorrência.


A Polícia Civil também tem registros de furtos de fios e cabos elétricos no metrô. Nesse caso, foram 73 registros em 2022 e 13 em 2023, totalizando 86 casos.

Prejuízo milionário

Conforme o R7 divulgou em fevereiro do ano passado, entre 2020 e 2021, o prejuízo financeiro com furtos de cabos foi de cerca de R$ 5,3 milhões. À época, as empresas informam que, apenas em 2021, foram registrados 621 casos em diversas regiões administrativas do DF e tanto edifícios públicos quanto privados têm sido alvo de furtos.

Bairros como Asa Norte, onde grande parte da rede elétrica é subterrânea, são os principais pontos de ação dos criminosos. Pontos de Águas Claras, Sudoeste e Octogonal também são furtados com frequência.

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