O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, foi eleito presidente mundial do Conselho de Campeões da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza nesta terça-feira (11). O evento, que ocorreu na Itália, formalizou a composição do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola, além de aprovar as regras de funcionamento do grupo.O coordenador-geral de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério das Relações Exteriores, Saulo Ceolin, e o assessor-chefe adjunto da Assessoria Especial do presidente da República, Audo Araújo Faleiro, serão os suplentes de Wellington Dias. No cargo, o ministro deverá criar debates entre os países e órgãos membros sobre ações imediatas para promover melhores condições de funcionamento da Aliança.A aliança, lançada na abertura da cúpula do G20 em novembro, foi idealizada pelo Brasil com o objetivo de acelerar os esforços globais para erradicar a fome e a pobreza, prioridades centrais nos ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável).Dias terá, ainda, como função acelerar o planejamento das operações de implementação em nível nacional como mobilização de recursos financeiros, promoção de parcerias intersetoriais e remoção de barreiras para implementação de políticas.O conselho é composto por representantes de países, instituições financeiras e organizações internacionais “que desempenham papéis estratégicos na implementação de programas relacionados à segurança alimentar e ao combate à pobreza”.“O papel principal dos Campeões da Aliança Global será impulsionar países, instituições e organizações, inclusive as suas próprias, a manter o apoio, o compromisso e a implementação das metas estabelecidas pela Aliança Global”, disse o ministro.A Aliança Global espera alcançar 500 milhões de pessoas com programas de transferência de renda em países de baixa e média-baixa renda até 2030, expandir as refeições escolares de qualidade para mais 150 milhões de crianças em países com pobreza infantil e fome endêmicas e arrecadar bilhões em crédito e doações por meio de bancos multilaterais de desenvolvimento para implementar esses e outros programas.A Aliança terá governança própria vinculada ao G20, mas que não será restrita às nações que integram o grupo.A administração ficará a cargo de um Conselho de Campeões e pelo Mecanismo de Apoio. O sistema de governança deverá estar operacional até meados de 2025. Até lá, o Brasil dará o suporte temporário para funções essenciais.