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R7 Brasília

1º semestre de 2023 tem mais crimes em passagens subterrâneas no DF que em todo o ano passado

Números vinham em queda desde 2019, mas voltaram a subir no primeiro semestre deste ano; veja levantamento

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, Brasília

Passagens mais perigosas são as da Asa Norte
Passagens mais perigosas são as da Asa Norte

Nos seis primeiros meses deste ano foram registrados mais crimes nas passagens subterrâneas do Plano Piloto, no Distrito Federal, que em todo o ano passado. Ao longo de 2022 foram 34 notificações, enquanto no primeiro semestre deste ano, 38 ocorrências. Os dados são de levantamento realizado pelo R7 com base em pedido pela Lei de Acesso à Informação à Polícia Civil.

De 2019 até hoje foram 367 ocorrências sobre supostos crimes cometidos nesses locais registradas nas delegacias. As principais foram roubo, furto e estelionato. As notificações vinham em queda nos últimos três anos, mas no primeiro semestre o número de casos voltou a crescer. A insegurança atinge principalmente as passagens da Asa Norte, com 58,8% do total de crimes registrados.

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Em números absolutos, na Asa Norte foram 216 ocorrências nos últimos quatro anos contra 151 notificações na Asa Sul. De todas, a passagem subterrânea mais perigosa é a do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), com 44 casos. Veja detalhamento:

Segunda-feira é o dia com mais crimes registrados

Os dados levantados revelam que a insegurança afeta principalmente o período da tarde, entre 12h e 19h. Os dias com maior número de registros são segunda-feira (68 casos) e quinta-feira (64 casos).


Em relação ao gênero, as mulheres enfrentam uma insegurança maior. De 2019 até hoje, quatro estupros aconteceram nas passagens subterrâneas, além de duas tentativas de estupro e duas ocorrências de importunação sexual.

Para a advogada criminalista e professora de ciências criminais Carolina Costa, é importante aumentar ações preventivas, "como a melhora na iluminação das passagens subterrâneas, paradas de ônibus e acesso às estações de metrô". A especialista explica que o policiamento ostensivo também impacta positivamente, desde que acompanhado de um fluxo rápido de atendimento e proteção às vítimas dos crimes.


"A pavimentação de calçadas, melhorando o acesso às passagens, também é uma medida de urbanismo que gera impactos muito positivos na segurança pública. Além disso, é importante que o acesso às forças de segurança seja ágil, tanto nas quadras próximas quanto nos locais de transporte público", diz a especialista.

Aumento das rondas

No último mês, a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam 1) prendeu um suspeito de roubar e tentar estuprar uma mulher na passagem subterrânea da Superquadra 111 da Asa Sul. A vítima foi abordada com uma faca e sofreu puxões de cabelo. O homem tentou passar a mão no corpo dela e a ameaçava. Quando conseguiu se soltar, o agressor ainda tentou atingi-la jogando a faca, que bateu na parede, dando tempo para a mulher fugir.

Em relação aos dados, a Secretaria de Segurança Pública do DF informou que a Polícia Militar tem dado prioridade ao uso de motocicletas durante o policiamento para facilitar o acesso e deslocamento dos agentes nas passagens subterrâneas. Eles afirmam, também, que a PMDF não registra "muitos chamados para crimes ocorridos nestes locais".

"A Secretaria de Segurança Pública destaca a importância do registro de ocorrências pela população para subsidiar a elaboração de estudos e manchas criminais que indicam dias, horários e locais de maior incidência de cada crime, entre outras informações relevantes para o processo de investigação. Esses levantamentos são utilizados na elaboração de estratégias para o policiamento ostensivo da Polícia Militar, bem como para a identificação e desarticulação de possíveis grupos especializados por parte da Polícia Civil”, diz o órgão.

A própria PMDF diz atuar com policiamento a pé em rondas ostensivas, que apresenta "eficácia na prevenção para esses tipos de crimes".

Como pedir ajuda

Em casos de emergência, é possível acionar a PMDF pelo 190. A Polícia Civil também pede que as ocorrências sejam notificadas, tanto nas unidades presenciais quanto pela Delegacia Eletrônica.

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