Disputa pelo IOF deve forçar Congresso e Planalto a buscar acordo antes de decisão no STF
Sob reserva, líderes defendem negociação antecipada; Motta ainda não tem agenda com Lula, mas é a favor de ‘diálogo com todos’
Brasília|Lis Cappi, do R7, em Brasília
O embate pelo IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que dividiu Congresso Nacional e Palácio do Planalto, deverá ser discutido entre os dois Poderes antes da reunião de conciliação no STF (Supremo Tribunal Federal), marcada para 15 de julho.
Líderes partidários, em caráter reservado, avaliam que é necessário haver uma conversa prévia antes da reunião marcada pelo ministro Alexandre de Moraes — uma estratégia que eles consideram fundamental, conforme apurou o R7.
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Essa possível reunião ainda não tem data definida, mas é vista como uma forma de se chegar “à mesma página”.
Deputados também defendem que a derrubada dos decretos do IOF não foi inconstitucional, conforme tem sido destacado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e que a decisão para sustar os efeitos foi motivada pelos impactos que a elevação do imposto poderia alcançar.
Oposicionistas ainda criticam a decisão de Moraes em marcar uma audiência de conciliação. A avaliação é de que o ato do ministro foi além das competências da corte.
Governistas, por sua vez, defendem a continuidade do aumento do IOF para um menor impacto nas contas públicas deste ano e preveem um novo contingenciamento de gastos caso a medida não seja mantida.
Motta defende diálogo
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta terça-feira (8) não ter uma agenda prevista com o presidente Lula, mas se disse aberto ao diálogo.
“Não tem nada marcado ainda”, afirmou. “Nós vamos dialogar com todo mundo. A intenção é de encontrar uma saída”, emendou, em outro momento.
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