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Lei Magnitsky: entenda lei usada pelos EUA para impor sanções a Moraes

Segundo os EUA, ministro usou cargo para autorizar prisões preventivas ‘arbitrárias’ e suprimir a liberdade de expressão

Brasília|Do R7

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • O governo dos EUA sancionou o ministro Alexandre de Moraes com a Lei Magnitsky por violações de direitos humanos.
  • A sanção inclui bloqueio de bens e contas bancárias, além da proibição de entrada nos EUA.
  • Moraes é acusado de autorizar prisões arbitrárias e censura, afetando cidadãos e empresas, inclusive o ex-presidente Jair Bolsonaro.
  • A Lei Magnitsky, aprovada em 2012, permite sanções a indivíduos por corrupção e abusos graves dos direitos humanos.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Moraes foi punido com a Lei Magnitsky nesta quarta Victor Piemonte/STF - 26/06/2025

O governo dos EUA (Estados Unidos da América) sancionou nesta quarta-feira (30) o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes com a Lei Magnitsky. A medida é uma sanção econômica, que inclui o bloqueio de contas bancárias e de bens em solo norte-americano, além da proibição de entrada no país — a acusados de corrupção ou graves violações de direitos humanos.

Segundo os EUA, Moraes usou seu cargo para autorizar prisões preventivas arbitrárias e suprimir a liberdade de expressão. “Alexandre de Moraes assumiu a responsabilidade de ser juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas americanas e brasileiras”, disse o secretário do Tesouro Scott Bessent.


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Para Bessent, Moraes é responsável por uma campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias que violam os direitos humanos e processos politizados — inclusive contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

“A ação de hoje deixa claro que o Tesouro continuará a responsabilizar aqueles que ameaçam os interesses dos EUA e as liberdades de nossos cidadãos.”


Em maio, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, cogitou a possibilidade de utilizar o dispositivo contra o ministro brasileiro.

A legislação permite que os Estados Unidos imponham sanções econômicas — como bloqueio de contas bancárias e de bens em solo norte-americano, além da proibição de entrada no país — a acusados de corrupção ou graves violações de direitos humanos.


‘Pessoas bloqueadas’

Os alvos da Lei Magnitsky são incluídos na lista de Cidadãos Especialmente Designados e Pessoas Bloqueadas (SDN list) da Agência de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA (OFAC, na sigla em inglês).

A lei foi aprovada em 2012, durante o governo de Barack Obama. Quatro anos depois, uma emenda passou a permitir que qualquer pessoa envolvida em corrupção ou abusos contra os direitos humanos pudesse ser incluída na lista de sanções.


Para que sanções sejam aplicadas a indivíduos estrangeiros, o presidente dos Estados Unidos deve apresentar provas confiáveis de infrações, incluindo execuções extrajudiciais, tortura e outras violações graves dos direitos humanos.

A legislação foi criada após a morte de Sergei Magnitsky, advogado russo que denunciou um esquema de corrupção envolvendo autoridades de seu país e morreu em uma prisão de Moscou, em 2009. Inicialmente, a lei tinha como foco punir os responsáveis por sua morte.

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