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‘Essa presidência vai funcionar’, afirma Motta após ser barrado pela oposição no plenário

Presidente da Câmara reage a protesto e defende respeito à democracia, ao diálogo e às regras da Casa

Brasília|Rute Moraes, do R7, em BrasíliaOpens in new window

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • Hugo Motta, presidente da Câmara, defende o respeito à democracia e ao diálogo após protesto de oposição.
  • Deputados da oposição impediram Motta de assumir o cargo, além de ocuparem a mesa diretora durante a sessão.
  • Motta reafirma seu compromisso com a imparcialidade e o cumprimento das regras institucionais durante seu mandato.
  • Após negociações, ele conseguiu presidir a sessão, encerrando com um apelo à superação das disputas ideológicas por meio do diálogo.

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Hugo Motta foi barrado por deputados, mas conseguiu sentar na cadeira da presidência
Hugo Motta foi barrado por deputados, mas conseguiu sentar na cadeira da presidência Bruno Spada/Câmara dos Deputados - 6.8.2025

Após um tumultuado protesto protagonizado por deputados da oposição no plenário da Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), reagiu ao movimento dos parlamentares e fez um discurso em defesa da ordem institucional, do diálogo e do fortalecimento do parlamento nesta quarta-feira (6).

A manifestação, que começou na terça-feira (5) motivada pela insatisfação com a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, impediu Motta de sentar-se na cadeira da presidência. Quando finalmente conseguiu ocupar o lugar, ele defendeu retomada dos trabalhos com diálogo e respeito, disse que “a respeitabilidade da mesa é inegociável”, que “até o limite tem limite” e que não está na função de presidente “para agradar polos”.


“O que aconteceu entre o dia de ontem e o dia de hoje no movimento de obstrução física não faz bem a esta Casa”, criticou Motta, ao condenar a ocupação da mesa diretora por deputados da oposição. “Até quando ultrapassamos o nosso limite, tem limite”, reforçou.

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Durante o protesto, deputados ocuparam a mesa da presidência e impediram que Motta abrisse a sessão do plenário. Houve resistência dos parlamentares mesmo após diversas tentativas de negociação. Após horas de negociações, que envolveram lideranças do centrão e o ex-presidente da câmara Arthur Lira (PP-AL), Motta conseguiu romper a multidão de deputados sentar na cadeira da presidência.


“Essa presidência precisa, deve e vai funcionar”, afirmou. Motta frisou que sua atuação à frente da Câmara é guiada pela serenidade, pelo equilíbrio e, quando necessário, pela firmeza. “Não me distanciarei da serenidade, não me distanciarei do equilíbrio, nem me distanciarei da firmeza que é necessária para presidir essa Casa em tempos tão desafiadores”, pontuou.

Ao longo do discurso, o presidente reforçou seu compromisso com o respeito às regras institucionais e com o livre exercício do mandato parlamentar. “Sempre lutarei pelo respeito às nossas prerrogativas e pelo livre exercício do mandato. É justamente nessa hora que nós não podemos negociar a nossa democracia.”


Motta destacou que não vai se alinhar a nenhum dos polos políticos e que vai atuar de forma imparcial, construindo uma agenda institucional baseada no diálogo. “Não estou aqui para momentaneamente agradar nenhum dos polos. Não estou aqui para ser conivente com uma agenda que tenha um só compromisso ou um só lado”, declarou.

O presidente também classificou como inegociável o respeito à Presidência da Câmara: “A respeitabilidade a esta mesa é inegociável com quem quer que seja.” Segundo ele, a ocupação da cadeira não o atinge apenas como líder, mas fere a instituição que representa.


Ao lembrar o momento em que foi eleito para o comando da Câmara, Motta afirmou: “Aqui nesta cadeira estava sentando não um presidente deputado, mas um deputado presidente.”

Em um apelo à superação das disputas ideológicas em favor do interesse coletivo, Motta reforçou a importância do diálogo como caminho para o avanço do país. “Só o diálogo é que nos mostrará à luz das grandes construções que o Brasil precisa.”

Ele também criticou a instrumentalização política do plenário: “Não deixarmos que projetos individuais, projetos pessoais ou até projetos eleitorais possam estar à frente daquilo que é maior do que todos nós, que é o nosso povo, que é a nossa população.”

Ao final do pronunciamento, o presidente declarou encerrada a sessão e agradeceu aos parlamentares que se esforçaram para a retomada da normalidade: “Eu penso que um dia que começou obscuro nesta Casa termina com a clareza do bom senso e da construção de que tudo através do diálogo é possível.”

Motta informou ainda que uma nova sessão deliberativa extraordinária será convocada, com data e pauta a serem definidas nos termos regimentais.

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