Ex-diretor do Ministério da Saúde é destituído do cargo por irregularidades na pandemia
CGU apurou falhas na estratégia logística para o envio e o correto recebimento de respiradores adquiridos pela pasta
Brasília|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília
O ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias foi destituído do cargo nesta sexta-feira (15), segundo decisão publicada no Diário Oficial da União. A sanção aplicada pela Controladoria-Geral da União (CGU) decorre de um processo administrativo que investigou inconsistências nos controles internos dos equipamentos doados e entregues a estados e municípios durante a pandemia de Covid-19.
Segundo a CGU, o processo administrativo disciplinar instaurado, que garantiu o direito à ampla defesa e ao contraditório, apurou falhas na estratégia logística para o envio e o correto recebimento de respiradores adquiridos pelo Ministério da Saúde para as unidades da federação.
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Ainda de acordo com a CGU, as inconsistências comprovadas foram “decorrentes da omissão do ex-diretor do Departamento de Logística no sentido de corrigir as irregularidades, mesmo após sucessivos alertas da auditoria da CGU”.
Roberto Ferreira Dias
Em 2021, o ex-diretor do Departamento de Logística foi exonerado do cargo após denúncia de que teria pedido propina para autorizar a compra da vacina AstraZeneca pelo governo federal, feita pelo policial militar Luiz Paulo Dominguetti, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply, com sede nos Estados Unidos. Em depoimento à CPI da Covid, ele afirmou ter recebido um pedido de propina para a compra de 400 milhões de doses do imunizante. Segundo Dominguetti, Dias teria cobrado US$ 1 por dose.