CGU orienta órgãos a punir servidores federais que participaram de invasões
Participação atenta contra os deveres de lealdade às instituições e de moralidade administrativa; flagrados podem ser demitidos
Brasília|Do R7, em Brasília
A Controladoria-Geral da União (CGU) informou, neste domingo (8), que vai orientar os órgãos e entidades do governo federal a instaurar processos administrativos para apurar e punir “exemplarmente” servidores públicos federais que participaram dos atos de invasão na Praça dos Três Poderes.
Segundo nota oficial da CGU, participar de invasão de órgãos públicos e depredar patrimônio público “atenta contra os deveres de lealdade às instituições e de moralidade administrativa que devem orientar a atuação do agentes públicos e, principalmente, contra o Estado Democrático de Direito”.
Os participantes de atos de vandalismo que invadiram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro promoveram quebradeira no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional e no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF)
Os participantes de atos de vandalismo que invadiram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro promoveram quebradeira no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional e no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF)
Servidores federais que tiverem as participações comprovadas poderão ser demitidos por lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional.
Invasões
Vídeos publicados nas redes sociais mostram o momento em que os manifestantes subiram a rampa do Congresso Nacional e invadiram a parte superior, onde ficam as cúpulas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, além do Salão Verde, localizado dentro do edifício.
Depois, o grupo tentou invadir, com sucesso, o Palácio do Planalto, sede da Presidência da República, local onde o presidente da República despacha, em Brasília. O petista não está na capital federal neste momento e, sim, em Araraquara, para visita ao município do interior paulista após os estragos causados pelas chuvas.
Manifestantes invadiram, ainda, o edifício do STF. No local, vidros foram quebrados e objetos destruídos nas dependências da Corte. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram inicialmente que a porta que o ministro Alexandre de Moraes utiliza para guardar a toga foi arrancada.