FAB transporta nesta sexta caixões de mais vítimas da queda de avião em Vinhedo (SP)
Ao todo, 62 pessoas morreram no acidente aéreo da última sexta-feira (9); causas do desastre são investigadas
A Força Aérea Brasileira informou que vai fazer mais um transporte, nesta sexta-feira (16), de caixões das vítimas da queda do avião em Vinhedo (SP). Segundo os militares, a decolagem da base aérea de São Paulo está prevista para as 10h, e os caixões serão levados para o aeroporto de Cascavel (PR), cidade da maioria das vítimas. Os parentes de cada uma delas vão escolher se querem fazer cerimônias particulares ou se utilizarão o espaço público oferecido pela prefeitura. Ao todo, 62 pessoas morreram no acidente aéreo da última sexta-feira (9). As causas do desastre são investigadas.
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Segundo o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), o relatório preliminar sobre as possíveis causas da queda do avião deve ser concluído em 30 dias. As informações das caixas-pretas vão auxiliar nas investigações para entender os últimos momentos do voo e identificar possíveis falhas técnicas ou humanas.
O Ministério Público do Trabalho abriu uma investigação para apurar se pilotos e comissários trabalhavam sob carga excessiva, sem respeito às escalas de folga e intervalos.
O acidente
A aeronave decolou de Cascavel (PR) às 11h50 e deveria pousar em Guarulhos (SP) às 13h45. O percurso foi seguido pelo avião normalmente até por volta das 13h, mas segundo informações da Força Aérea Brasileira, a partir das 13h21 a aeronave não respondeu às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo, nem declarou emergência ou reportou estar sob condições meteorológicas adversas. A perda de contato com o radar ocorreu às 13h22.
A aeronave caiu no jardim de uma casa em um condomínio fechado. Às 13h28, foi reportada a queda no bairro Capela, em Vinhedo, a 464,4 km de São Paulo. A Defesa Civil informou que a aeronave explodiu ao cair no chão. Desde o primeiro momento, as autoridades informaram que ninguém a bordo sobreviveu. Apesar de a aeronave ter explodido no quintal de uma casa, nenhuma pessoa foi atingida em solo.
Especialistas acreditam que o mau tempo pode ter contribuído para o acúmulo de gelo nas asas. Pilotos que sobrevoaram São Paulo na sexta-feira (9) confirmaram uma condição atmosférica fora do normal. O ATR-72 é um avião de médio porte com boa reputação de segurança. Por características de projeto, voa a uma altitude inferior à operada pelos grandes jatos, justamente onde ocorre uma maior formação de gelo na atmosfera.