Família vítima de chacina de PM é sepultada sem velório
Enterro começou por volta das 9h deste domingo (13), debaixo de chuva, com ato religioso e sem declarações de parentes das vítimas
Brasília|Alan Rios, do R7 em Brasília, e Camila Andrade, da Record TV
A família de Planaltina (DF) que morreu após uma chacina dentro de casa foi enterrada neste domingo (13). O caso aconteceu na última quinta-feira, quando bombeiros foram chamados para uma ocorrência de incêndio e encontraram os corpos do sargento da Polícia Militar Nilson Cosme Batista dos Santos, de dois filhos e da esposa do homem, carbonizados e com marcas de tiros.
O enterro começou por volta das 9h, quando chegaram os carros funerários levando os corpos dos quatro: o sargento, de 48 anos; a mulher, Maria de Lourdes Furtado, 50; e os filhos, Lucas Furtado, 16, e Isaac Furtado, 21. Com caixões lacrados, não houve velório.
Uma cerimônia religiosa debaixo de chuva marcou a despedida. Familiares e amigos das vítimas não quiseram comentar o caso, que chocou a região onde as vítimas moravam. Após o crime, vizinhos relataram à Record TV uma convivência discreta dos quatro na comunidade, discrepante da violência do crime.
Conhecidos citam que a família era conhecida apenas pelo trabalho e pelos estudos. O filho mais velho, Isaac, foi aprovado no PAS (Programa de Avaliação Seriada) da UnB (Universidade de Brasília), em 2019, para cursar engenharia química.
A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que o PM tenha matado filhos e esposa e cometido suicídio. Um dia antes do crime, a mulher chegou a procurar ajuda da SBES/Caps (Subseção de Bem-Estar Social do Centro de Assistência Psicológica e Social), dizendo que o marido estava muito abalado pelo falecimento do pai.
“O pessoal falou assim: 'A senhora acha que a situação é caso de internação?'. Ela falou assim: 'Não, não é caso, mas eu queria que ele passasse por um tratamento'. 'Então a gente vai proceder dessa forma, sim, a gente vai fazer uma visita, a gente vai conversar com a senhora e vai conversar com ele.' Foi isso que foi dito, né? Só que no outro dia ocorreu toda essa fatalidade", revelou à Record TV o coronel Edvã Sousa, chefe do Centro de Comunicação Social da PMDF.