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R7 Brasília

Filho de idosa que morreu em incêndio no DF já foi preso por abandonar mãe em hospital

Além de ter sido detido por abandono de incapaz, homem já teve registro médico cassado por abusar sexualmente de duas mulheres

Brasília|Thaís Moura, da RECORD

Idosa de 94 anos morreu em incêndio dentro de apartamento
Idosa de 94 anos morreu em incêndio dentro de apartamento Reprodução/RECORD Brasília - 31.5.2024

O filho da idosa de 94 anos que morreu nesta sexta-feira (31) em um incêndio dentro de um apartamento em Águas Claras, região administrativa do Distrito Federal, já foi preso por ter abandonado a mãe em um hospital do DF no ano passado. A informação foi confirmada pela RECORD Brasília. Além disso, em 2021, o homem teve o registro médico profissional cassado pelo Conselho Regional de Medicina do DF pela condenação por abuso sexual de duas mulheres.

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O homem se chama Lauro Estevão Vaz Curvo. No acidente desta sexta, ele não estava em casa quando as chamas começaram. A vítima, chamada Zely Alves Curvo, estava sozinha no apartamento e não conseguiu deixar o imóvel por estar acamada.

Lauro Estevão foi preso em maio do ano passado, quando abandonou Zely no Hospital Militar de Brasília. Ela recebeu alta após ficar cerca de 30 dias internada, mas o filho se recusou a retirá-la do hospital e levá-la para casa.

Ele foi detido pelos crimes de abandono de idoso em hospital e de indução de pessoa idosa sem discernimento de seus atos a outorgar procuração. Após a prisão de Lauro Estevão no ano passado, a defesa dele afirmou que o homem esteve presente em todos os momentos da internação da mãe e “teve o cuidado de não tomar decisões precipitadas e levá-la para casa sem todos os cuidados necessários para o seu bem-estar”.


Pelas informações preliminares que a Polícia Civil do DF apurou sobre o incêndio desta sexta, o filho de Zely morava com ela. Ele será intimado para prestar depoimento sobre o ocorrido.

A corporação vai verificar se a situação de abandono de incapaz perdurava. Até o momento, Lauro Estevão não é tratado como suspeito pela morte da mãe. Além disso, a Polícia Civil aguarda a conclusão da perícia para saber se o incêndio foi criminoso ou não.


Registro médico cassado

Lauro Estevão era médico ginecologista e, em 2021, o Conselho Regional de Medicina do DF cassou o registro profissional dele. A decisão foi motivada por uma condenação imposta a ele por abuso sexual de duas pacientes.

Em 2016, Lauro Estevão perdeu o cargo público que ocupava na Secretaria de Saúde do DF após o STJ (Superior Tribunal de Justiça) confirmar decisões de instâncias inferiores que o condenaram pelo abuso das pacientes.


Segundo o processo, o então médico já havia sido demitido por fatos semelhantes quando era capitão médico do Exército. Apesar disso, ele ingressou no serviço público, e entre 2009 e 2010 foi acusado por duas pacientes de tocá-las de forma indevida durante os exames.

À época, a defesa dele foi contra a perda do cargo público, alegando que Lauro Estevão tinha “plena capacidade de exercer a medicina em seus demais ramos, de forma que não fique em contato íntimo com paciente do sexo feminino”.

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