Brasília Fiocruz alerta para aumento de ocupação de leitos de UTI no Brasil

Fiocruz alerta para aumento de ocupação de leitos de UTI no Brasil

Nota técnica mostra que um estado e quatro capitais estão em situação crítica; Pernambuco chega a 82% de ocupação 

  • Brasília | Priscila Mendes, do R7, em Brasília

Mapa mostra as zonas intermediárias e críticas no país

Mapa mostra as zonas intermediárias e críticas no país

Reprodução /Fiocruz

Diante da ampla e rápida proliferação da variante Ômicron do coronavírus no Brasil, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) alerta para o aumento na ocupação de leitos de UTI para adultos. Dados do Observatório Covid-19 mostram que um terço dos estados e dez capitais encontram-se nas zonas de alerta intermediário e crítico. 

Enquanto alguns estados retiram leitos, outros, como Pernambuco, estão acionando o Plano de Contingência para enfrentar o aumento de casos. O estado está na zona de alerta crítico, com 82% de ocupação de leitos de UTI para Covid-19. Entre as capitais, Fortaleza (88%), Recife (80%), Belo Horizonte (84%) e Goiânia (94%) também seguem em alerta crítico. 

A partir das taxas observadas em 10 de janeiro, em comparaçaõ com a série histórica, a análise mostra ainda que os seguintes estados estão na zona intermediária: Pará (71%), Tocantins (61%), Piauí (66%), Ceará (68%), Bahia (63%), Espírito Santo (71%) e Goiás (67%), além do Distrito Federal (74%). Entre as capitais estão Porto Velho (76%), Macapá (60%), Maceió (68%), Salvador (68%), Vitória (77%) e Brasília (74%). 

O Rio de Janeiro (12%) é um dos estados que estão em situação considerada boa. Em 2 de agosto de 2021, o número de internados chegava a 1.176, com uma taxa de ocupação de leitos de 61%. Agora, esse número caiu para 161 pacientes internados em 10 de janeiro deste ano, de acordo com o boletim. 

Os responsáveis técnicos destacam que o número de internações ainda é "predominantemente muito menor" se comparado aos registros de 2 de agosto de 2021. Sem minimizar as preocupações com o novo momento da pandemia, eles destacam que, atualmente, "temos um outro cenário com a vacinação e as próprias características das manifestações da Covid-19 pela Ômicron".

"Por outro lado, não podemos deixar de considerar o fato de a ocupação de leitos de UTI hoje também refletir o uso de serviços complexos requeridos por casos da variante Delta e de influenza", destaca trecho da nota técnica. 

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