Brasília Fiocruz pede à Anvisa para produzir vacina AstraZeneca no Brasil

Fiocruz pede à Anvisa para produzir vacina AstraZeneca no Brasil

Agência tem 30 dias para analisar. Caso seja aprovada como fábrica de insumo, instituição passará a produzir vacina 100% nacional

  • Brasília | Bruna Lima, do R7, em Brasília

Se aprovado o pedido, Brasil terá autorização para fabricar a AstraZeneca 100% no país

Se aprovado o pedido, Brasil terá autorização para fabricar a AstraZeneca 100% no país

Raquel Portugal/Acervo Fiocruz Imagens

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) protocolou junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o pedido para que seja incluída como novo local de fabricação do insumo farmacêutico ativo (IFA) da AstraZeneca. A reguladora tem 30 dias para avaliar a documentação. Caso a solicitação seja aprovada, o Brasil poderá começar a produzir o imunizante contra Covid-19 integralmente em território nacional. 

"Trata-se de uma solicitação de alteração pós-registro para permitir que a Fiocruz seja incluída entre as fábricas responsáveis pela produção da matéria-prima da vacina", explicou a agência, em nota divulgada nesta sexta-feira (26). 

A Fiocruz é a responsável pela vacina produzida em parceria com a Universidade de Oxford. Até o momento, a fundação só cuidava dos procedimentos de envase, rotulação, fiscalização e liberação dos imunizantes. Por ter acordo de incorporação de tecnologia, a instituição passará a fabricar o IFA no Brasil. 

Apesar da previsão de análise de 30 dias, caso a Anvisa solicite resposta referentes a questões técnicas que fazem parte do processo, o prazo pode ser congelado. Por isso, a liberação pode ocorrer apenas em 2022. 

Neste período, a Anvisa avaliará a equivalência do processo produtivo da Anvisa com o IFA que vem de fora. O objetivo é provar que a Fiocruz confecciona a vacina com a mesma eficácia, segurança e qualidade. 

Esta é a última etapa para obter a vacina 100% nacional. A Anvisa já deu aval para as Condições Técnico-Operacionais (CTO) da infraestrutura de produção do Ingrediente e o Certificado de Boas Práticas de Fabricação (cBPF) para produção. 

O Brasil já possui cinco lotes de IFA nacional produzidos e outros três estão em processamento na Fiocruz. Quando a Anvisa der a liberação, os lotes ainda passarão pelo processamento final de formulação, envase, revisão, rotulagem e embalagem antes da entrega ao Ministério da Saúde. 

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