Forças Armadas montarão hospital de campanha para vítimas das chuvas no Sul
Militares também atuam no resgate de desabrigados, busca de desaparecidos, distribuição de alimentos e desobstrução de vias
Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília
As Forças Armadas vão montar nesta quinta-feira (2) um hospital de campanha voltado a atender vítimas das enchentes e alagamentos no Rio Grande do Sul. A tenda será instalada no município de Lajeado e contará com 40 leitos de enfermaria e 2 consultórios. Ao todo, 626 militares atuam nas regiões afetadas pelas chuvas, auxiliando as autoridades locais no transporte e resgate de desabrigados, busca de desaparecidos, distribuição de alimentos e mantimentos e desobstrução de vias.
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“O transporte do Hospital de Campanha do Exército será feito do Rio de Janeiro para o Rio Grande do Sul por meio de um KC-390 da FAB (Força Aérea Brasileira)”, informou o Ministério da Defesa.
Além dos militares e do hospital de campanha, a Defesa atua com 45 viaturas, 12 embarcações e 5 aeronaves para ajudar as vítimas das chuvas.
O governo federal atua na região com uma comitiva. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou na manhã desta quinta-feira (2) em Santa Maria, no interior do Rio Grande do Sul. A ideia inicial era de que ele sobrevoasse as áreas do estado afetadas pelas fortes chuvas, mas por causa do mau tempo a agenda foi cancelada.
A comitiva presidencial é formada, além de Lula, pelos ministros Rui Costa (Casa Civil), Renan Filho (Transportes), Waldez Góes (Integração), Jader Filho (Cidades) e Paulo Pimenta (Secom). Participam do grupo Wolnei Barreiros (secretário nacional de Proteção e Defesa Civil), Edegar Pretto (presidente da Conab) e general Tomás Paiva (comandante do Exército).
O governador do Rio Grande do Sul declarou estado de calamidade pública no estado devido às chuvas intensas. A decisão foi publicada na noite de quarta-feira (1º), em uma edição extraordinária do Diário Oficial do Estado. A medida ressalta a severidade dos impactos das chuvas, inundações, granizo, alagamentos, enxurradas e vendavais no Estado, sendo categorizados como desastres de Nível III, classificados por danos e prejuízos substanciais. O decreto permanecerá em vigor por 180 dias.
A quantidade de mortos pelas fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul subiu para 13 de acordo com boletim divulgado pela Defesa Civil do estado às 9h desta quinta-feira. De acordo com a pasta, 21 pessoas seguem desaparecidas devido às enchentes. Ao menos 134 municípios já foram afetados pelos temporais. Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), há previsão de mais chuva para os próximos dias.