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R7 Brasília

Fumaça de incêndios florestais invade regiões do Distrito Federal neste domingo

Moradores de Ceilândia, Santa Maria, Asa Sul, Taguatinga e São Sebastião registram o fenômeno

Brasília|Do R7 Brasília, com informações da RECORD


Fumaça é resultado dos incêndios florestais na região Material cedido à Record Brasília

Moradores do Distrito Federal amanheceram com o céu encoberto por fumaça de incêndios florestais neste domingo (25). A produção da RECORD recebeu registros de diversas regiões, como Ceilândia, Santa Maria, Asa Sul, entre outras. No entanto, a situação não se restringe à capital federal. Em São Paulo, diversas cidades registraram o céu avermelhado e muita poeira no ar.

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Um síndico de Águas Claras relatou que o problema começou às 2h da manhã e os moradores do edifício estavam discutindo a necessidade de deixar as residências devido à forte fumaça. Além disso, as crianças apresentavam sintomas de tosse e dificuldade para respirar. “Até o momento estamos conseguindo ficar dentro das residências. Pessoas com crianças, portadores de doenças respiratórias e a 3 idade já foram avisados para mantermos a casa fechada, e ligarem seus exaustores. Por Águas Claras ser uma cidade vertical, pessoas dos andares mais altos estão sentindo com mais força a fumaça”, relatou.

Em Samambaia, as imagens mostram a rapidez com que a fumaça tomou a cidade. No primeiro registro, era possível visualizar os prédios no horizonte, mas, no segundo vídeo, a fumaça se intensifica e esconde a parte mais distante. Segundo o CBMDF (Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal), a fumaça é decorrente dos vários incêndios que vêm ocorrendo ao longo da semana e, até o momento, não há focos de fogo ativos.

Em Taguatinga, o céu ganhou um aspecto nublado e foi coberto pelo fenômeno. Ao contrário da parte tombada de Brasília, essas regiões podem ter prédios mais altos, que foram encobertos pela fuligem.


São Paulo

A fumaça de incêndios em áreas de mata no estado de São Paulo fez com que diversas cidades do interior registrassem cenas incomuns neste sábado (24). Em Ribeirão Preto, o dia virou noite, com um céu avermelhado e muita poeira no ar.

A prefeitura de Ribeirão Preto suspendeu eventos ao ar livre programados para este fim de semana, incluindo o jogo entre Botafogo-SP e Guarani, pela Série B do Campeonato Brasileiro.


Os incêndios florestais, exacerbados pela falta de chuvas e pela onda de calor que atingiu São Paulo nos últimos dias, têm castigado o interior paulista. A situação se agravou na sexta-feira (23), quando o estado registrou 1.886 focos de queimadas em um único dia. Dois funcionários de uma usina em Urupês, na região metropolitana de São José do Rio Preto, morreram enquanto combatiam as chamas.

Regras da Qualidade do Ar

Os padrões de qualidade do ar no Brasil estão defasados há quase três décadas, de acordo com uma pesquisa comparativa feita pelo Instituto Alana. O estudo comparou as normas de monitoramento do país com as de outros locais, como Chile, Colômbia, Equador, Estados Unidos, México, Espanha, França e Inglaterra. Com exceção do Equador, todos esses países têm leis mais restritivas em relação à medição dos níveis críticos de poluição atmosférica.


“Assim como nas mudanças climáticas, os eventos extremos, quando temos picos de poluição do ar, são chamados de episódios críticos. Hoje existem níveis para estabelecer (atenção, alerta, emergência) esses episódios críticos. Com esses níveis estabelecidos, é possível construir planos de monitoramento e de ação. A pesquisa visa subsidiar uma política pública para entender quais os níveis estabelecidos por outros países e qual é o limite”, explica JP Amaral, gerente de Natureza do Instituto Alana.

Ele destaca a necessidade urgente de atualizar as normas de qualidade do ar no Brasil e melhorar o monitoramento. “Atualmente, apenas dez estados possuem estações de monitoramento, e mesmo assim, em número insuficiente de municípios. A recente aprovação de uma política nacional de qualidade do ar e novos padrões pelo Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) são passos importantes, mas é crucial estabelecer níveis de episódios críticos e implementar medidas efetivas para proteger a saúde da população”, reforça.

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