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Funcionários que acusaram porta-bandeira da Portela de furto no aeroporto de Brasília são demitidos

Vilma Nascimento e a filha foram acusadas por uma fiscal da Dufry Brasil de furtar produtos; a empresa afirma ter pedido desculpas

Brasília|Do R7, em Brasília

Porta-bandeira Vilma sofreu caso de racismo no DF
Porta-bandeira Vilma sofreu caso de racismo no DF

Os funcionários envolvidos no suposto caso de racismo contra Vilma Nascimento, de 85 anos, porta-bandeira da escola de samba Portela, foram demitidos pela empresa Dufry Brasil. No fim de novembro, ela e a filha foram acusadas por uma fiscal de terem furtado um produto da loja, que funciona dentro do Aeroporto Internacional de Brasília.

Em nota, a empresa afirmou que concluiu a averiguação interna e que os funcionários envolvidos no episódio não fazem mais parte do grupo por “quebra dos protocolos da empresa”. A Dufry informou que a diretoria esteve com Vilma Nascimento e sua filha para se desculpar pelo constrangimento.

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Confira a íntegra da nota:

A Dufry Brasil, uma empresa do Grupo Avolta, concluiu a averiguação interna para apurar o lamentável incidente ocorrido na loja do aeroporto de Brasília semana passada. Em consequência, os colaboradores envolvidos no episódio não fazem mais parte dos nossos quadros por quebra dos protocolos da empresa. Com o objetivo de dirimir qualquer dúvida, confirmamos que não houve furto na loja relacionada a este evento.


A Dufry repudia veementemente qualquer tipo de discriminação por raça, gênero, orientação sexual, religião, idade ou deficiência.

A diretoria da Dufry esteve com dona Vilma Nascimento e sua filha Danielle para se desculpar pessoalmente pelo constrangimento a que foram submetidas na loja da empresa.

Relembre o caso

Nas redes sociais, a filha da porta-bandeira denunciou o caso ocorrido na loja da Dufry no aeroporto de Brasília. Vilma Nascimento foi até a capital para receber uma homenagem na Câmara dos Deputados no Dia da Consciência Negra e estava voltando para o Rio de Janeiro.

Danielle Nascimento, filha de Vilma, disse que ela e a mãe decidiram comprar chocolates na loja de produtos importados antes de embarcar. Após efetuarem o pagamento, as duas passaram mais uma vez pela porta da loja, quando foram abordadas por uma fiscal, que as acusou de terem furtado um produto. Danielle filmou o episódio e publicou o vídeo nas redes sociais. Veja:

A filha de Vilma diz que a fiscal recebeu uma informação pelo rádio de que era preciso revistar a bolsa da porta-bandeira. As duas passaram pelo procedimento no meio do estabelecimento, na frente de outras pessoas, até que os funcionários da loja concluíram que não havia ocorrido nenhum furto. No vídeo, é possível ouvir Danielle orientando a mãe: "Não fala nada, mãe. Só faz o que ela está pedindo. Depois a gente vê".

Danielle descreveu o ocorrido como "humilhante, que não deveria existir mais no Brasil ou em qualquer outro lugar do mundo". Segundo ela, a mãe "ficou surpresa, revoltada e envergonhada" e tentou chamar a polícia, sem sucesso. Ela teve que ir rapidamente até o portão de embarque para não perder o voo e teria entrado no avião "aos prantos".

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