GDF anuncia que poderá multar músicos de bloquinhos de Carnaval
Sanções vão ocorrer nos casos em que não for possível identificar organizadores ou responsáveis de eventos não autorizados
Brasília|Priscila Mendes, do R7, em Brasília
A DF Legal (Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito Federal) informou, nesta segunda-feira (28), que vai passar a multar os músicos e os responsáveis pelo som dos bloquinhos de Carnaval, caso os organizadores dos eventos não sejam identificados para as sanções.
Leia também
O anúncio veio após o "protesto carnavalesco" que ocorreu no último domingo (27). Um grupo de foliões fantasiados e sem máscara de proteção facial desafiou a ordem do governo do Distrito Federal de não se aglomerar e ocupou o Buraco do Tatu, na área central de Brasília. O evento começou às 16h e terminou por volta das 20h.
De acordo com a secretaria, os músicos presentes ao evento de domingo não serão multados, a princípio, porque pararam a apresentação imediatamente quando agentes e policiais chegaram ao local. Os órgãos de segurança ainda apuram a identidade dos organizadores.
Em nota, a DF Legal informou que em casos como esse cabe à Polícia Militar fazer a dispersão do público. A multa por promoção de aglomeração pode variar entre R$ 10 mil e R$ 20 mil.
A pasta também reforçou que bares, restaurantes e casas noturnas continuam proibidos de promover eventos carnavalescos.
"Solicitamos às pessoas que não participem de nenhum evento carnavalesco seja nas ruas, seja em estabelecimentos comerciais, pois as restrições foram necessárias para evitar aumento dos índices de transmissão da Covid-19", diz trecho do comunicado.
Combate à Covid-19
Na última quinta-feira (24), o diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Fabiano dos Anjos, afirmou que a pasta temia que o Carnaval levasse a uma alta nas taxas de contaminação da população por Covid-19. Ele e o secretário Manoel Pafiadache destacaram que o número de contaminados começa a cair, mas que o comportamento durante a data comemorativa seria decisivo para o cenário a seguir.
Diante da probabilidade de aumento nos casos, Ibaneis prometeu endurecer a fiscalização de festas clandestinas. Ele afirmou que os órgãos de controle estariam nas ruas e descartou qualquer tipo de flexibilização dos protocolos sanitários contra a Covid-19 no feriado prolongado.