General Heleno vai depor sobre os atos extremistas, diz presidente da CPI no DF
Deputado distrital Chico Vigilante (PT) afirmou nesta terça (11) que o depoimento do militar e ex-ministro de Bolsonaro será no dia 19
Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília
O general Augusto Heleno Ribeiro, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Jair Bolsonaro (PL), vai depor sobre os atos extremistas que resultaram na destruição do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal, em Brasília, no dia 8 de janeiro.
A afirmação foi feita nesta terça-feira (11) pelo deputado distrital Chico Vigilante (PT), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Extremistas, realizada pela Câmara Legislativa do DF desde 1º de março.
A convocação do general havia sido aprovada no dia 15 de março. Outro requerimento aprovado na mesma reunião também convoca o atual ministro da pasta, general Marco Edson Gonçalves Dias.
De acordo com o requerimento que convoca Heleno, a presença do militar é importante, pois ele coordenava o GSI à época da tentativa de invasão da sede da Polícia Federal, em Brasília, em 12 de dezembro, um dos focos de investigação do colegiado.
"Ao que tudo indica, os atos antidemocráticos foram previamente arquitetados, planejados e financiados, com vistas a alterar o resultado das eleições presidenciais, a partir de outubro de 2022, e obstar a alternância de poder", afirma o documento.
Depoimento nesta quinta
Nesta quinta-feira (13), o depoente será o empresário Joveci Xavier de Andrade, suspeito de ser um dos financiadores do acampamento instalado em frente ao Quartel General do Exército, na capital federal, que abrigou muitos dos manifestantes que participaram dos atos de vandalismo. Já o empresário Adauto Lúcio de Mesquita, outro suspeito de financiar os atos será ouvido em 4 de maio.