Geraldo Alckmin anuncia primeiros integrantes da equipe de transição
Vice-presidente eleito divulgou membros da área econômica e de desenvolvimento social; a equipe terá 31 grupos técnicos
Brasília|Augusto Fernandes e Bruna Lima, do R7, em Brasília
O vice-presidente da República eleito, Geraldo Alckmin (PSB), assinou nesta terça-feira (8) a portaria que institui o gabinete de transição governamental do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além disso, Alckmin anunciou os primeiros integrantes do governo de transição. O vice-presidente eleito é o coordenador-geral da equipe.
A presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), ficará a cargo da articulação política. O ex-deputado federal Floriano Pesaro (PSB) será o coordenador-executivo do gabiente de transição. Já o ex-ministro Aloizio Mercadante vai ser o coordenador de 31 grupos técnicos que trabalharão no governo de transição.
Ao anunciar nomes que vão compor a equipe, o vice-presidente eleito e coordenador-geral dos trabalhos, Geraldo Alckmin, detalhou que o foco é garantir a continuidade do Auxílio Brasil a R$ 600, além dos R$ 150 por filho até 6 anos. Segundo ele, o complemento "traz uma correção em relação ao valor fixo para as famílias que, normalmente, são as mais vulneráveis".
Dar continuidade às obras e aos serviços também está entre as prioridades. Alckmin ainda não detalhou o valor a ser demandado na PEC, mas a expectativa é de abertura de um crédito na casa dos R$ 200 bilhões.
Os grupos técnicos foram divididos em áreas temáticas: agricultura, pecuária e abastecimento; assistência social; centro de governo; cidades; ciência, tecnologia e inovação; comunicações; cultura; defesa; desenvolvimento agrário; desenvolvimento regional; direitos humanos; economia; educação; esporte; igualdade racial; indústria, comércio e serviços; infraestrutura; inteligência estratégica; justiça e segurança pública; meio ambiente; minas e energia; mulheres; pesca; planejamento, orçamento e gestão; povos originários; previdência social; relações exteriores; saúde; trabalho; transparência, integridade e controle; e turismo.
Nesta terça, Alckmin anunciou que farão parte do grupo técnico de economia André Lara Resende, Guilherme Melo, Nelson Barbosa e Pérsio Arida. O vice-presidente eleito também informou os nomes do grupo de assistência social, que será constituído por Simone Tebet, Márcia Lopes, Tereza Campello e André Quintão.
Alckmin disse que vai divulgar nos próximos dias quem fará parte dos demais grupos técnicos. Segundo ele, cada grupo terá até quatro integrantes na coordenação. "Amanhã a gente divulga outros nomes, que poderão convidar outras pessoas. Professores, sociedade civil, lideranças políticas. Esse é um trabalho de 50 dias, buscando informação, continuidade de serviços públicos, transparência regida por lei e pautada no serviço público", informou.
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O governo de transição terá, ainda, um conselho político, constituído por representantes dos dez partidos da coligação feita por Lula para concorrer no pleito deste ano (PT, PCdoB, PV, PSB, PSOL, Rede, Solidariedade, Avante, Agir e PROS), além de PDT e PSD, que entraram em acordo com a equipe de Lula após a vitória dele no segundo turno.
Os integrantes do conselho serão: José Luiz Penna, presidente do PV; Jefferson Coriteac, vice-presidente do Solidariedade; Daniel Tourinho, presidente do Agir; Wolney Queiroz, deputado federal pelo PDT; Felipe Espirito Santo, integrante da direção do PROS; Carlos Siqueira, presidente do PSB; Wesley Diógenes, porta-voz da Rede; Luciana Santos, presidente do PCdoB; Juliano Medeiros, presidente do PSOL; Guilherme Ítalo, da direção do Avante; e Antônio Brito, deputado federal pelo PSD.
Os membros da equipe de transição devem ter acesso às diversas informações relacionadas às contas públicas, aos programas e projetos, entre outros tópicos. O grupo será formado por até 50 pessoas, que assumem os cargos especiais de transição governamental (CETG).
A princípio, as pessoas que forem escolhidas para o governo de transição não devem ser nomeadas para ministérios quando Lula assumir. "O presidente Lula deixou claro que os que vão participar da transição não têm relação direta com ministério, com o governo. Podem participar, não participar. São questões obstantes, distintas", disse Alckmin.