Governador do DF promete ampliar participação de jovens advogados no mercado de trabalho
A advocacia dativa permite que profissionais iniciantes atuem em causas na Justiça Comum
Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, Brasília
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, anunciou o objetivo de ampliar a advocacia dativa na capital do país no próximo ano. A declaração foi dada na abertura da XI Conferência Distrital de Advocacia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF), no Estádio Nacional de Brasília, na manhã desta terça-feira (26). “Estamos alocando recursos para que no próximo ano a gente possa ampliar a advocacia dativa que é de suma importância, principalmente para os jovens advogados que estão ingressando no mercado de trabalho”, afirmou.
Em discurso, Ibaneis também defendeu a importância da Conferência no debate de temas importantes, como empreendedorismo e tecnologia no mundo jurídico. “Nós sabemos a dificuldade que passa toda a advocacia nacional e estávamos todos em 2020 [com muita expectativa] na conferência nacional aqui no Distrito Federal, que infelizmente não foi presencial devido a pandemia”, citou.
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O presidente da OAB-DF, Délio Lins, destacou a importância da paridade dentro do mundo jurídico, com ocupação de mulheres, negros e minorias em cargos importantes da advocacia. “Precisamos de representatividade, e para isso, temos que ser um time, todos iguais, na luta por melhorias, caminhando juntos”, disse.
A Conferência Distrital de Advocacia é um dos eventos jurídicos mais importantes da capital do país e nos dois dias de evento terá a presença de magistrados, representantes do ministério público, advogados e estudantes. Ao todo, serão 12 painéis e 50 palestras, com debates sobre tecnologia e a transformação das novas ferramentas do mundo digital na prática da advocacia, empreendermos e outras ações.
Advocacia dativa
Ibaneis Rocha destacou a parceria com a OAB-DF na assinatura da Lei que criou a advocacia dativa no DF. O projeto foi sancionado em junho do ano passado e permite que profissionais iniciantes atuem em causas na Justiça Comum, caso ela não possa ser feita pela Defensoria Pública. A iniciativa faz parte do Programa Justiça Mais Perto do Cidadão, e os advogados podem receber remuneração máxima de até 10 salários mínimos por ano.