Governador Ibaneis assina decreto que reduz o interstício da PMDF
A medida beneficia 2.495 militares, entre oficiais e praças, e terá impacto de R$ 9 milhões no orçamento do DF
Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília
Em evento realizado na manhã desta terça-feira (24) no Palácio do Buriti, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), assinou o decreto que reduz o interstício da Polícia Militar, que é o tempo mínimo que o militar deve cumprir para subir ao próximo patamar da carreira. A medida beneficia 2.495 militares, entre oficiais e praças, e terá impacto de R$ 9 milhões no orçamento do DF.
Ibaneis Rocha lembrou que, na última reunião do Fórum de Governadores, realizada na segunda-feira (23), os chefes do Executivo demonstraram preocupação em relação ao comportamento das tropas militares no feriado de 7 de setembro, mas destacou que, no DF, não haverá problema. "As forças estão trabalhando de forma harmônica", elogiou o governador.
O comandante da PM, coronel Márcio Cavalcante de Vasconcelos, aproveitou o momento para reforçar que as tropas estão subordinadas ao comando do Executivo local. "A disciplina é o que nos faz diferente", garantiu. "Somos uma polícia de Estado e estamos sempre prontos para cumprir a lei. Essa promoção tem um valor financeiro irrisório para nós, mas o senhor está promovendo dignidade e honra", disse, referindo-se ao governador.
No evento, além de Ibaneis e do vice-governador, Pacco Brito, estavam a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, os secretários Júlio Danilo, da Segurança Pública, e André Clemente, da Economia, assim como os deputados federais Júlio Cesar (PRB) e Celina Leão (PP) e os distritais Rafael Prudente (MDB), presidente da CLDF, Hermeto (MDB), Roosevelt Vilela (PSB), Agaciel Maia (PL) e Cláudio Abrantes (PDT).
"(As forças de segurança) são alicerce da União e equilíbrio", pontuou a ministra Flávia Arruda. Ela declarou que pretende levar adiante uma mudança na leegislação para atualizar a Lei 10.086, que trata das promoções militares. Ibaneis Rocha ressaltou ainda que tem "força política para pedir ao Presidente da República" que encaminhe o projeto.
Pela lei, o governador do DF só pode diminuir esse intervalo depois de pedido do comandante-geral, cargo atualmente ocupado no DF pelo coronel Márcio Cavalcante de Vasconcelos.
O secretário de Segurança do DF, Júlio Danilo, destacou que a medida não tem a ver com as manifestações de 7 de setembro, mas que a pasta se prepara para a data. Ele não descartou a possibilidade de revistar manifestantes na chegada a Esplanada dos Ministérios. O secretário assegurou que não há risco de insurgência da polícia. "Vai ter um efetivo considerável, a gente vai adotar um protocolo para que as pessoas se manifestem de forma segura, ainda estamos construindo esse planejamento".