Logo R7.com
RecordPlus
R7 Brasília

Governistas querem suspender mandatos de cinco deputados por obstrução

Grupo defende suspensão por seis meses por quebra de decoro parlamentar; ‘ação premeditada e coordenada’, dizem partidos

Brasília|Rute Moraes, do R7, em BrasíliaOpens in new window

  • Google News
Parlamentares de oposição decidiram ocupar a mesa da Câmara após prisão domiciliar de Bolsonaro Bruno Spada/Câmara dos Deputados - 06/08/2025

Os partidos governistas PT, PSB e PSOL acionaram, nesta quinta-feira (7), a Mesa diretora da Câmara dos Deputados pedindo a suspensão de seis meses dos mandatos de cinco deputados do PL que participaram da ocupação do plenário da Casa entre a terça (5) e a quarta-feira (6).

“A ação [de ocupação] foi premeditada, coordenada e executada com o intuito de obstaculizar o regular exercício do Poder Legislativo, valendo-se do uso de força física, correntes, faixas, gritos e objetos simbólicos, como adesivos na boca, compondo uma encenação de ‘censura’ que distorce e subverte o debate democrático”, alegam os partidos.


Os deputados citados, que teriam quebrado o decoro, são: Júlia Zanatta (PL-SC), Marcel van Hattem (PL-RS), Marcos Pollon (PL-MS), Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Zé Trovão (PL-SC).

O grupo alega que Júlia impediu o funcionamento do plenário quando sentou-se na cadeira da Presidência com sua filha, de 4 meses, no colo. Para os governistas, a parlamentar usou a criança como “escudo” e a “expôs”.


LEIA MAIS

Sobre Bilynskyj, os partidos afirmaram que ele ocupou o plenário “valendo-se do uso de força física, correntes, faixas, gritos e objetos simbólicos, como adesivos na boca, compondo uma encenação de ‘censura’ que distorce e subverte o debate democrático“.

As legendas dizem ainda que Bilynskyj ocupou a mesa da Comissão de Direitos Humanos e teria agredido um jornalista.


Com relação a Van Hattem, os parlamentares citam o momento em que o deputado sentou-se na cadeira da Presidência e impediu, por alguns minutos, que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), se instalasse no local.

“A atitude perdurou por longos minutos e só foi revertida após negociação política com outros parlamentares de oposição, permitindo que Hugo Motta regressasse à cadeira e reinstalasse a sessão plenária usual”, ressaltaram.


Barreira com o corpo

Por fim, com relação a Zé Trovão, o grupo alega que o deputado impediu fisicamente a subida de Motta à cadeira da Presidência.

“A barreira foi feita com o próprio corpo, utilizando a perna para obstruir a escada de acesso à Mesa, em um ato inequívoco de bloqueio físico”, sustentaram.

Os partidos informaram que Zé Trovão foi “pressionado” a liberar o acesso de Motta por outros deputados e membros da polícia legislativa.

Protesto na Câmara

Deputados ocuparam o plenário da Câmara em protesto após o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinar prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Diferente do conceito de obstrução, a ocupação impediu qualquer atividade da Câmara por quase 48 horas. A ação foi encerrada na noite de quarta-feira (6), após uma série de negociações com lideranças dos maiores partidos da Casa.

Em meio aos movimentos, Motta chegou a publicar um ato que previa o afastamento de mandato por seis meses em caso de descumprimento da saída do plenário. O presidente destacou que penalidades ligadas aos políticos teriam uma atualização “até o fim do dia”.

Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp

Últimas


    Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.