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Governo afirma ser inviável proposta dos estados sobre ICMS para combustíveis

Documento enviado ao Supremo Tribunal Federal foi elaborado pela Advocacia-Geral da União, que fez uma contraproposta

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Governo diz ser inviável proposta dos estados sobre ICMS para combustíveis
Governo diz ser inviável proposta dos estados sobre ICMS para combustíveis Governo diz ser inviável proposta dos estados sobre ICMS para combustíveis

O governo federal afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (11), ser inviável a proposta feita pelos estados na tentativa de chegar a um acordo sobre a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis. O tema é alvo de uma ação que tramita na Corte.

Em documento encaminhado ao ministro Gilmar Mendes, a Advocacia-Geral da União (AGU) alega que, após avaliação, a Secretaria Especial do Tesouro e Orçamento decidiu se manifestar contrariamente à proposta apresentada pelo Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados (Comsefaz). "Não há como prosperar eventual conciliação", diz.

Diante do cenário, o governo propôs uma contraproposta, numa espécie de monitoramento dos impactos efetivos das Leis Complementares nº 192/2022 e nº 194/2022, ao longo dos próximos meses até o final do 1º trimestre de 2023, da seguinte forma: 

- Caso constatado, por um lado, que o excesso de arrecadação dos últimos anos se mostra consistente, não caberá qualquer tipo de modulação ou compensação de parte a parte;

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- Por outro lado, caso detectada insuficiência relevante de arrecadação e possível fragilização das finanças públicas, será elaborado Relatório Informativo a ser juntado nestes autos e enviado ao Poder Legislativo para deliberação sobre o tema, afastando-se, de qualquer modo, a possibilidade de compensações adicionais pela União.

Além disso, a AGU pediu ao STF que "se mantenha aberta a presente via conciliatória" até que o Congresso Nacional delibere sobre a matéria. O ministro Gilmar Mendes realizou, no dia 28 de junho, uma audiência entre estados e União para discutir a alíquota do ICMS sobre combustíveis. Os estados  contestam a lei que fixa a alíquota do imposto sobre bens essenciais e pedem que a medida seja declarada inconstitucional.

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A lei limita a cobrança do ICMS entre 17% e 18% na comercialização de gasolina, etanol, diesel, biodiesel, gás de cozinha e derivado de gás natural. Os estados pedem que a lei — aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro — seja declarada inconstitucional.

Na ação, os governadores argumentam que se trata de um "intervencionismo sem precedentes da União". "O governo federal pretende resolver a espiral inflacionária. O truque a ser tirado da cartola não é um coelho, mas uma bomba prestes a explodir no colo de estados, DF e municípios", afirmam.

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Propostas

Diante do cenário, os estados apresentaram outras propostas. O presidente do Conpeg (Colégio Nacional dos Procuradores dos Estados) disse que seria possível aplicar a média dos últimos 60 meses em relação ao preço do diesel. Ele propôs a criação de uma comissão para debates que envolvem todas as ações de controle e citou o veto de Bolsonaro à compensação integral dos estados.

Os estados, municípios e DF propuseram a não vinculação da alíquota modal com o tema da essencialidade, para que não sejam reduzidas as parcelas do Fundo de Combate à Pobreza. Eles pedem que as alíquotas do ICMS sobre operações de fornecimento de combustíveis em patamar superior às cobradas sobre as operações gerais sejam aplicadas apenas a partir de 2024.

Também solicitam a retirada da inclusão da Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão de Energia Elétrica (Tust) e da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição de Energia Elétrica (Tusd) na base de cálculo do ICMS até que o processo que discute o assunto seja finalizado no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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