Governo destina R$ 6,5 bilhões para obras de drenagem em 42 cidades do Rio Grande do Sul

O governo federal detalhou, nesta terça-feira (30), as propostas aprovadas no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para os municípios do Rio Grande do Sul, nas modalidades mobilidade, drenagem urbana e sustentável e abastecimento de água. Nessa etapa, o estado gaúcho vai receber o investimento de R$ 7,4 bilhões em 61 empreendimentos, distribuídos em 52 municípios.

Cerca de R$ 6,5 bilhões, 88% do valor total, serão aplicados em obras de drenagem para prevenir desastres naturais. Os recursos restantes serão divididos entre as modalidades de esgotamento, abastecimento de água, mobilidade urbana e Centro Comunitário pela Vida.

Segundo o Palácio do Planalto, as obras de drenagem serão feitas em 42 cidades para reduzir os riscos de alagamentos, enchentes e inundações. Desse total, R$ 2 bilhões serão destinados à recuperação ou readequação de equipamentos de proteção como bombas de escoamento. Todas as propostas inscritas pelo estado e municípios para prevenir desastres foram aprovadas.

“Nas cidades de Bagé, Caxias do Sul, Maratá, Novo Hamburgo, Pelotas, Pinhal, Ponte Preta, Porto Alegre e São Leopoldo o investimento de R$ 624,9 milhões vai ampliar o acesso e melhorar a qualidade dos serviços de coleta e tratamento de esgotos sanitários. O objetivo é diminuir fatores de risco às doenças, insalubridade e degradação ambiental, garantindo, assim, melhor qualidade de vida para a população”, diz o governo.

O governo selecionou 12 propostas de abastecimento de água em 10 municípios. São eles: Bagé, Caxias do Sul, Cerro Branco, Novo Hamburgo, Porto Alegre, São José das Missões, São Leopoldo, Teutônia, Tio Hugo e Vera Cruz. O total do investimento nessa área é de R$ 246 milhões.

A parte de mobilidade urbana vai receber R$ 50,9 milhões. Já o programa de centro comunitário, R$ 15,4 milhões.

Agenda no RS

O detalhamento foi anunciado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, durante reunião com o governador Eduardo Leite e prefeitos das cidades contempladas. As obras fazem parte do PAC Seleções.

“Grande parte do que aconteceu teria sido, no mínimo, minimizado. É verdade que foi uma chuva jamais vista. Mas em um determinado momento vamos ter que conversar, sim, sobre tudo aquilo que poderia ter sido feito para que isso fosse minimizado. Cabe a nós agora, enquanto governo federal, fazermos aquilo que o presidente Lula determinou”, disse o ministro da Reconstrução, Paulo Pimenta.

““Naturalmente a gente tem divergência, diferença até na forma de ver de como deveria ser feito, mas há compreensão institucional da necessidade de sentarmos, conversamos e criarmos condições para atender a nossa sociedade... Elogiar não é adesão, demandar não é oposição. Nós todos aqui somos defensores dos interesses da nossa população. A eleição está logo mais adiante”, afirmou o governador gaúcho.