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R7 Brasília

Governo diz que saída de Bento Albuquerque foi 'consensual'

O ex-ministro agradeceu a oportunidade e disse que se orgulha de ter participado do governo do presidente Jair Bolsonaro

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

O ex-ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia)
O ex-ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia)

O Ministério de Minas e Energia informou, nesta quarta-feira (11), que a saída de Bento Albuquerque foi de "caráter pessoal" e tomada após reunião entre o ex-ministro e o presidente Jair Bolsonaro de "forma consensual".

Segundo a nota, Albuquerque agradece a oportunidade e diz que se orgulha de ter participado do governo Bolsonaro, "que continua a contar com a sua lealdade, respeito e amizade".

A exoneração de Albuquerque foi publicada no Diário Oficial da União e é assinada pelo presidente. Quem assume a pasta é Adolfo Sachsida, que, até então, integrava a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes.

A troca no comando do Ministério de Minas e Energia ocorre após a Petrobras anunciar, na última segunda-feira (9), reajuste nos preços de diesel para as distribuidoras, que passará de R$ 4,51 para R$ 4,91 o litro. O reajuste já está valendo desde terça (10). Os preços do gás de cozinha e da gasolina não serão alterados.


Aumentos dos combustíveis

Os elevados reajustes nos preços dos combustíveis tem irritado o chefe do Executivo, que de forma recorrente critica a política adotada pela Petrobras, chamada de Preço de Paridade Internacional (PPI), que faz com que o preço de gasolina, etanol e diesel acompanhe a variação do valor do barril de petróleo no mercado internacional. As medidas causam impacto direto e podem atrapalhar os planos de Bolsonaro, que busca a reeleição neste ano.

Recentemente, Bolsonaro pediu para que a empresa não promova novos reajustes nos preços dos combustíveis. Segundo o chefe do Executivo, a empresa vem registrando lucros abusivos, em meio à pandemia da Covid-19 e à guerra entre Rússia e Ucrânia, enquanto o Brasil vê a inflação subir, por causa da alta dos preços dos derivados de petróleo.


De acordo com ele, uma nova recomposição pode quebrar o país. "Petrobras, estamos em guerra. Petrobras, não aumente mais o preço dos combustíveis. O lucro de vocês é um estupro, é um absurdo. Vocês não podem mais aumentar o preço do combustível", disse.

Sachsida

Sachsida, que vai comandar agora o Ministério de Minas e Energia, ocupava antes o cargo de chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do Ministério da Economia. Nas redes sociais, ele agradeceu Bolsonaro pela nomeação.

"Agradeço ao presidente Jair Bolsonaro pela confiança, ao ministro Guedes pela apoio e ao ministro Bento pelo trabalho em prol do país. Com muito trabalho e dedicação espero estar a altura desse que é o maior desafio profissional de minha carreira. Com a graça de Deus vamos ajudar o Brasil", escreveu Sachsida.

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