Governo diz que se manterá ‘vigilante na defesa da imagem do país' após caso Carrefour
Nesta terça, o CEO Global do Carrefour, Alexandre Bompard, pediu desculpas ao Brasil após declaração sobre carne do país
Brasília|Thays Martins, do R7, em Brasília
O Ministério das Relações Exteriores e o Ministério da Agricultura e Pecuária emitiram uma nota conjunta na noite desta terça-feira (26) em que dizem que o governo brasileiro se manterá “vigilante na defesa da imagem do país e da sua produção, em coordenação com o setor privado". A nota é uma reposta a declaração do CEO Global do Carrefour, Alexandre Bompard, de que pararia de exportar carne dos países do Mercosul, e também a retratação dele, nesta terça.
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Na nota, o governo diz esperar “que as empresas que anunciaram boicotes a produtos brasileiros revertam essas decisões infundadas e que todos os atores que tenham contribuído para essa campanha de desinformação tenham presentes as consequências negativas de seus atos".
As pastas também ressaltaram a defesa dos produtos brasileiros e da boa relação com a França. “O Brasil ressalta a importância da parceria estratégica, dos fluxos de comércio e dos laços históricos que mantém com o continente europeu de maneira geral e com a França em particular. Não obstante, voltará a reagir com firmeza contra qualquer nova campanha que tenha como alvo a imagem de produtos brasileiros, em especial do agronegócio, cujos padrões de excelência ao longo de toda a cadeia produtiva são reconhecidos em todo o mundo", disse o texto.
Entenda a polêmica
Na semana passada, o CEO Global do Carrefour, Alexandre Bompard, afirmou que não compraria mais carne vinda de países do Mercosul. A medida seria para atender a revinvidicação de produtores rurais franceses que são contra o acordo União Europeia-Mercosul.
No mesmo dia, o Ministério da Agricultura e Pecuária rechaçou a publicação e ressaltou a qualidade dos produtos brasileiros. A pasta chamou o boicote de “tentativas vãs de manchar os produtos brasileiros".
Nesta terça, Bompard enviou uma carta ao Ministério da Agricultura com um pedido de desculpas pela declaração. Na carta, o CEO pediu desculpas caso a “comunicação do Carrefour França” tenha causado “confusão” e sido “interpretada como questionamento” da parceria com a agricultura brasileira, ou como uma crítica à produção nacional.