Governo do DF cria comissão para monitorar capivaras e carrapatos-estrela na orla do Lago Paranoá
Grupo dará continuidade aos estudos sobre os animais e investigará possível presença da bactéria da febre maculosa
Brasília|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília
O governo do Distrito Federal publicou uma portaria que estabelece uma comissão específica para dar continuidade ao estudo sobre as capivaras na capital. A medida, publicada no Diário Oficial, tem por objetivo definir estratégias, monitorar e ter controle dos animais e carrapatos-estrela, principal transmissor da febre maculosa, na orla do Lago Paranoá.
Segundo o documento, a comissão deve elaborar um edital de chamamento público para que organizações da sociedade civil possam dar continuidade ao estudo com esse novo enfoque. A comissão será composta por representantes do Instituto do Meio Ambiente e da Secretaria do Meio Ambiente.
O último estudo divulgado não apontou a presença uma superpopulação de capivaras na orla do Lago Paranoá. Os animais ocupam em média 25% da orla, onde podem encontrar abrigo e alimentação. De acordo com a pesquisa, não foram detectados carrapatos com a bactéria transmissora da febre maculosa.
Febre maculosa no DF
Em setembro, a Secretaria de Saúde investigou mais de 40 casos de febre maculosa no DF. A capital não tem registros da doença há 20 anos. Em 2022, outras 22 suspeitas foram descartadas. Em 2021, foram dez casos foram investigados, todos negativos.
Despois das mortes em São Paulo, no início de junho, houve um aumento de atendimentos em unidades públicas e privadas de pacientes relatando sintomas parecidos ao da doença. Uma criança chegou a ficar cinco dias internada em um hospital privado do DF. Um exame feito na unidade de saúde teria constado como positivo para a febre maculosa, mas logo foi descartada.