Logo R7.com
Logo do PlayPlus
R7 Brasília

Governo do DF quer fazer 'Dia D' de vacinação contra Covid-19

Após liberação do uso de máscara em ambientes externos, governo pede atenção ao distanciamento e quer vacinar mais

Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília

Após liberação de máscara em áreas externas, governo do DF quer acelerar vacinação
Após liberação de máscara em áreas externas, governo do DF quer acelerar vacinação

O governo do Distrito Federal está voltando os esforços para acelerar a vacinação da população. Uma das estratégias que a secretaria pretende implementar é o “Dia D da vacinação”, ainda sem data marcada, mas previsto para o final da próxima semana. O movimento acontece em conjunto com a determinação do governador, Ibaneis Rocha (MDB), de suspender a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais abertos a partir da próxima quarta-feira (3).

De acordo com o subsecretário de Vigilância à Saúde do DF, Divino Valero, a meta é reunir uma grande quantidade de doses em um único ponto, para que a população possa comparecer e se imunizar. A pasta recebeu 200 mil doses de Coronavac do Ministério da Saúde voltadas apenas para essa programação.

Um dos alertas divulgados na coletiva de imprensa da Secretaria de saúde desta quinta-feira (28) vai para quem tomou a 1ª dose da Coronavac. O intervalo entre a primeira e a segunda dose para quem tomou a vacina do Butantan é de 28 dias. A capital, no entanto, ainda tem 400 mil pessoas vacinadas com a D1 da Coronavac e que, passado esse período, não procurou os postos de saúde para tomar a D2.

“A procura está abaixo do desejado. Do ciclo de imunização só está completo com a segunda dose”, alertou o diretor de Vigilância Epidemiológica da Saúde, Fabiano dos Anjos.


“Com relação à D2, o intervalo da Pfizer e Astrazeneca passou para oito semanas. Não há mais necessidade de anúncio de datas. Quem tomou a primeira dose, tem que calcular 56 dias, e estará apto a receber a segunda. Apelamos para que as pessoas possam verificar os cartões de vacina e fazer o cálculo. Quem tomou a D1 há dois meses já pode procurar o posto”, destacou Fabiano.

A capital federal tem, até o momento, 87,15% da população de 12 anos ou mais vacinada com a primeira dose, e 63,21% com a segunda dose ou dose única. Ao todo, foram aplicadas 3.988.910 de vacinas contra a Covid-19, sendo 2.246.992 de D1, 1.571.501 de D2, 58.313 de dose única, 104.213 em doses de reforço para idosos e profissionais da saúde, e 7.891 doses de reforço para imunossuprimidos graves.


Crise em Santa Maria

O secretário de Saúde, o general Manoel Luiz Narvaz Pafiadache, também comentou a crise provocada no Hospital Regional de Santa Maria. Por falta de pessoal e de insumos, o Instituto de Gestão Estratégica da Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) fechou os 11 leitos de um dos três centros de terapia intensiva (CTI) destinados a pacientes com Covid-19 no estabelecimento.


Conforme o R7 denunciou, entre os insumos em falta na CTI da unidade, estavam justamente os sedativos para manter inconscientes os pacientes intubados. A decisão veio depois de um longo período em que as escalas de atendimento da CTI estavam desfalcadas. Questionado sobre a lógica entre contratar leitos de hospitais de campanha, mas fechar os de UTI de Santa Maria, Pafiadache explicou que são coisas diferentes. 

Pafiadache, no entanto, evitou entrar em detalhes. “A administração do Iges-DF está verificando esses fatos. A decisão de desativar leitos de UTI é em benefício de outras ações. E a questão dos insumos tem sido o foco da ação do nosso presidente do Iges”, disse. O R7 procurou o instituto para esclarecer a situação na terça-feira, mas ainda não obteve resposta.

O secretário adjunto de Assistência à Saúde, Fernando Erick Damasceno, por sua vez, afirmou em mais de um momento na coletiva que a Secretaria trabalha para garantir o atendimento aos pacientes com Covid-19, mas que também vai abrir espaço para outros pacientes, incluindo os que estão nas filas de cirurgias eletivas. Por isso, a pasta decidiu renovar o contrato de 200 leitos dos hospitais de campanha do Gama e de Ceilândia.

“Trabalhamos na perspectiva de retomada de cirurgias eletivas. Os índices [de contaminados e mortos por Covid] nos colocam em melhores cenários epidemiológicos, mas não nos deixam confortáveis para tirar o olho do que está acontecendo. Vamos ter que manter essa vigilância, ver como será a progressão de casos, se a taxa de transmissão permanece em queda, e uma das ações que nos dá margem de segurança é o reforço na vigilância genômica. Conseguimos reagir muito melhor à variante Delta por ter a imunidade da população”, disse.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.