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R7 Brasília

Governo publica demarcação de terras indígenas no Acre e no Amazonas

Textos foram assinados pelo presidente Lula durante comemorações do Dia da Amazônia, nesta terça-feira

Brasília|Rafaela Soares, do R7, em Brasília

Decretos foram assinados no Dia da Amazônia
Decretos foram assinados no Dia da Amazônia

O governo publicou os decretos que criam dois novos territórios indígenas no Norte do país no Diário Oficial desta quarta-feira (6). Os textos oficializam as terras indígenas Rio Gregório, no município de Tarauacá (AC), área de ocupação tradicional e permanente dos povos katukina e yawanawá, e Acapuri de Cima, em Fonte Boa (AM), caracterizada como de ocupação do povo kokama. Os novos territórios e outras medidas de proteção do meio ambiente, como a criação de unidades de conservação, foram anunciados pelo presidente Lula durante as celebrações do Dia da Amazônia, nesta terça (5).

Em abril, Lula homologou a demarcação de outras seis terras indígenas. São elas: Arara do Rio Amônia (no Acre); Kariri-Xocó (em Alagoas); Rio dos Índios (no Rio Grande do Sul); Tremembé da Barra do Mundaú (no Ceará); Avá-Canoeiro (em Goiás); e Uneiuxi (no Amazonas). A homologação, feita por decreto, é o último ato antes do registro formal da terra indígena.

Outro decreto publicado nesta quarta é o que cria o Programa União com Municípios pela Redução de Desmatamento e Incêndios Florestais, que tem como objetivo apoiar financeiramente os municípios na prevenção, no monitoramento, no controle e na redução dos desmatamentos.

Ainda durante o evento comemorativo, o presidente assinou também outro decreto, que altera as regras sobre a regularização fundiária em áreas da União e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Com as mudanças, a Câmara Técnica de Destinação e Regularização Fundiária de Terras Públicas Federais Rurais será retomada, agora sob a coordenação do Ministério de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, chefiado por Paulo Teixeira.


Na prática, o governo vai ampliar a destinação de terras, priorizando políticas públicas de conservação ambiental e o uso social da terra. O ato altera a composição do órgão e estabelece caráter deliberativo às decisões tomadas sobre o tema.

'Será preciso preservar'

Desde que assumiu a Presidência da República, em janeiro deste ano, Lula tem dito que a preservação do meio ambiente é uma das prioridades do governo federal. Nos primeiros sete meses de mandato, de acordo com a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, houve uma queda de 42% no desmatamento da Amazônia.


"A proximidade do Dia da Amazônia com o Dia da Independência é um símbolo que se torna mais forte com o tempo. A real independência do Brasil depende do destino que dermos à Amazônia. Como o Brasil detém 66% do bioma amazônico, podemos dizer que o futuro da humanidade e as condições de vida no mundo também dependem do Brasil. Isso não é exagero", afirmou Marina na cerimônia.

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"Será preciso preservar. A boa notícia é que já estamos começando a trilhar esse caminho. Obtivemos uma redução de 42% do desmatamento e também conseguimos isso em outros biomas brasileiros... Até 2030, ou seja, daqui a seis anos, iremos ter um índice zero de desmatamento", completou a ministra.

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