Governo vai incluir assentamento do MST alvo de ataque em programa de proteção
Assentamento foi alvo de um ataque na sexta-feira (10) que deixou dois mortos e seis feridos
Brasília|Thays Martins, do R7, em Brasília
A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, afirmou neste domingo (12) que o assentamento Olga Benário, do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), em Tremembé (SP), será incluído no programa de proteção do governo. O assentamento foi alvo de um ataque na sexta-feira (10) que deixou dois mortos e seis feridos.
“Ninguém aqui tinha ciência de ataque, nem do grupo de atiradores, tanto que este grupo não faz parte do nosso programa de proteção, mas passará a fazer a partir deste episódio”, disse.
A ministra participou neste domingo do velório das duas vítimas do ataque: Gleison Barbosa de Carvalho, de 28 anos, e Valdir do Nascimento, 52 anos.
Segundo a ministra, a equipe do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas prestará atendimento individualizado no assentamento a partir desta segunda-feira (13).
“Primeiro, queremos prestar nossa solidariedade, mas também procurar entender um pouco mais do que aconteceu. A partir de amanhã, ouviremos cada família para que a gente possa organizar uma agenda que garanta a proteção coletiva da comunidade”, afirmou.
No velório, também estiveram presentes o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Paulo Teixeira, e a secretaria-executiva da Secretaria Geral da Presidência, Kelli Mafort, representando o ministro Márcio Macedo, os deputados federais Juliana Cardoso (PT-SP) e Nilto Tatto (PT-SP) e a deputada estadual Ana Perugini (PT).
Justiça pede prisão de suspeito
A Justiça de São Paulo determinou, neste domingo (12), a prisão temporária do suspeito de chefiar o ataque. Antônio Martins dos Santos Filho, conhecido como “Nero do Piseiro”, foi preso no sábado (11) pela Polícia Civil de São Paulo após ser reconhecido por testemunhas. Ele passou por audiência de custódia neste domingo (12). A prisão temporária tem o prazo de 30 dias. O suspeito tem passagem criminal por porte ilegal de arma de fogo.