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Greve de caminhoneiros não tem adesão, e estradas seguem sem pontos de bloqueio pelo Brasil

PRF e vídeos nas redes confirmam fluxo normal nas rodovias

Brasília|Joice Gonçalves, do R7, em BrasíliaOpens in new window

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A mobilização de caminhoneiros convocada por aliados de Jair Bolsonaro não gerou paralisação nas rodovias federais.
  • A PRF confirmou fluxo normal nas estradas, sem registros de bloqueios ou interrupções.
  • Divergências internas entre caminhoneiros e falta de pautas claras dificultaram a organização do movimento.
  • Expectativa de um grande ato não se concretizou; o transporte de cargas e passageiros segue sem interrupções.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Concessão da BR-040 foi leiloada nesta quinta-feira (11)
Imagem mostra trânsito na rodovia BR-040 Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A mobilização de caminhoneiros convocada por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro e por parlamentares como o senador Cleitinho Azevedo (PL-MG) não resultou em paralisação das rodovias federais nesta quinta-feira (4). Apesar das chamadas para uma greve nacional, o movimento não ganhou corpo entre os caminhoneiros.

De acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), não há registros de bloqueios ou interrupções em nenhum ponto do país. Nas redes sociais, motoristas mostraram o tráfego fluindo normalmente em rodovias de grande movimento, como a BR-040 e outros corredores de carga.


Em nota, a PRF informou não ter recebido qualquer comunicação formal sobre greve, destacando que o Artigo 95 do Código de Trânsito Brasileiro exige autorização prévia da autoridade responsável para qualquer evento que possa restringir o fluxo de veículos ou pedestres.

Ainda segundo o órgão, equipes mantêm o monitoramento diário dos 75 mil quilômetros de rodovias federais, sem alterações relevantes no fluxo.


Movimento sem consenso

Entre caminhoneiros, há relatos de que parte dos divulgadores da mobilização tentou atribuir caráter trabalhista ao ato, mas sem respaldo prático.

A ausência de assembleias ou definição formal de pautas reforçou a percepção de que o movimento não seguiu o rito necessário para ser reconhecido como greve.


Tentativas de legitimação e divisão interna

Buscando sustentação jurídica, Chicão Caminhoneiro, representante da UBC (União Brasileira dos Caminhoneiros), divulgou vídeo ao lado do ex-desembargador Sebastião Coelho, do TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios), anunciando a intenção de protocolar uma ação para formalizar a paralisação em todo o Brasil.

O conteúdo circulou entre parlamentares alinhados à direita, incluindo Cleitinho, mas não obteve adesão unânime nem mesmo dentro do grupo.


Em posição contrária, o deputado Zé Trovão (PL-SC), um dos nomes mais conhecidos dos atos de 2021, publicou vídeo rejeitando a convocação.

“Se for em prol do presidente Bolsonaro, esse não é um desejo da própria família, porque isso pode agravar a situação dele”, afirmou.

Outro líder histórico da categoria, Wallace Landim, o Chorão, presidente da Abrava, também se posicionou contra o movimento. Em comunicado, ele disse defender o direito de protesto, mas pediu cautela, lembrando a importância do transporte rodoviário para o abastecimento e para o funcionamento de setores essenciais da economia.

Sem apoio e sem impacto

Com a falta de adesão organizada, divergências internas e ausência de pautas claras, a mobilização não provocou efeitos nas estradas. O tráfego se manteve normal, e a rotina do transporte de cargas e de passageiros seguiu sem interrupções.

A expectativa inicial de um grande ato não se confirmou, e, até o momento, o país segue sem qualquer registro de bloqueios, lentidão atípica ou impactos relevantes decorrentes da convocação.

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