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R7 Brasília

Guedes sobre Bolsonaro: 'Estou morrendo afogado, ele aparece'

Ministro da Economia agradece confiança do presidente no trabalho à frente da Pasta

Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

Guedes diz que ele e Bolsonaro nunca perderam confiança um no outro
Guedes diz que ele e Bolsonaro nunca perderam confiança um no outro

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta segunda-feira (25) que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nunca perdeu a confiança nele e que sempre o salva quando está “morrendo afogado”.

“Eu queria agradecer a confiança do presidente. É sempre assim, eu estou morrendo afogado, ele aparece, renova a confiança, e nós continuamos nessa aliança de liberais e conservadores por um futuro melhor do nosso país”, afirmou Guedes nesta tarde, em uma cerimônia no Palácio do Planalto.

Na última semana, o ministro passou por um momento conturbado à frente da Economia, com a saída de quatro secretários. A debandada aconteceu após divergências entre as alas política e econômica do governo federal sobre qual seria a melhor forma de financiar o Auxílio Brasil, programa de transferência de renda que substituirá o Bolsa Família.

Bolsonaro anunciou que nenhum beneficiário do novo programa receberá menos de R$ 400 no ano que vem. Para isso, o governo admitiu que poderia flexibilizar o teto de gastos, regra que limita o aumento dos gastos federais ao Orçamento do ano anterior corrigido pela inflação acumulada em 12 meses, entre julho do ano anterior e junho do ano em exercício.


Guedes se posicionou contra a ideia, o que fez crescer os rumores de que ele deixaria o governo federal. Contudo, o ministro acabou cedendo, e passou a defender o valor do Auxílio Brasil mesmo que, para garantir sua implementação, o Executivo extrapole o teto de gastos. De acordo com o ministro, o objetivo é conseguir “uma licença para gastar um pouco mais”.

Nesta segunda, Guedes também falou sobre o programa social e admitiu que o governo precisa de mais espaço no Orçamento federal para pagar R$ 400 a todos os beneficiários. “Seja por meio de um pedido de extrateto, seja por uma revisão no teto de gastos, não podemos disfarçar a verdade. A verdade é que teremos um gasto um pouco maior. Estamos falando de R$ 30 bilhões”, destacou.

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