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Haddad diz não ter ficado surpreso com alta da Selic

Por unanimidade, comitê do Banco Central aumentou a taxa básica de juros para 10,75% ao ano

Brasília|Rute Moraes, do R7, em Brasília


Haddad, sobre ata do Copom: ‘Não me surpreendi’ Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (18) que a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), de aumentar por unanimidade a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para 10,75% ao ano, não o surpreendeu. A alta é a primeira desde agosto de 2022, quando o índice chegou a 13,75% ao ano. A decisão veio alinhada às expectativas do mercado financeiro, que projetava a elevação da Selic, que estava em 10,5% ao ano.

“Eu não me surpreendi, mas só vou comentar a decisão depois da leitura da ata semana que vem, como de hábito”, declarou Haddad a jornalistas. “Vou dar uma olhada, vou conversar internamente, vou verificar o que esperar para o futuro próximo, daí eu comento com vocês.”

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O ministro do governo Lula explicou, ainda, que não poderia comentar sobre a decisão da alta ter sido unânime dentro do Copom.

Haddad também falou sobre o corte dos juros em 0,50 ponto porcentual pelo Federal Reserve, o Banco Central dos EUA. Segundo ele, a redução “veio um pouco atrasada”. “Nós estávamos esperando para junho o corte do Banco Central Americano. Teve uma pequena turbulência no começo do ano que, de certa maneira, causou nos mercados alguma turbulência. O dólar aqui, mas eu penso que, agora, deve entrar numa trajetória de cortes e eu penso que isso vai ser duradouro.”


Haddad ainda ressaltou não acreditar que, em 2025 ou em 2026, haverá “surpresas”. Segundo ele, isso é “ótimo para o Brasil e para o mundo”. “Isso dá um alívio doméstico grande e nos coloca uma responsabilidade de continuar fazendo um trabalho de arrumação da casa aqui para colher os frutos desses ventos favoráveis”, finalizou.

Alta da Selic

Ao informar o reajuste da Selic para 10,75% ao ano, o Copom mencionou o ambiente externo e desafiador marcado pelo “momento de inflexão do ciclo econômico nos Estados Unidos” e “por menor sincronia nos ciclos de política monetária entre os países”.


De acordo com o texto, a decisão é “compatível” com a estratégia de convergência da inflação, sem causar prejuízos na estabilidade dos preços, atividade econômica e fomento do emprego.

“O ritmo de ajustes futuros na taxa de juros e a magnitude total do ciclo ora iniciado serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerão da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.”


Os juros no Brasil foram mantidos em 13,75% ao ano até agosto de 2023, quando se iniciou um ciclo de queda de 0,5 ponto percentual até maio deste ano, quando o ritmo de cortes foi reduzido para 0,25 ponto percentual. Em seguida, a Selic foi mantida a 10,5% ao ano por duas vezes.


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