Ibaneis, Capelli e ex-diretor da Abin serão testemunhas em processo contra cúpula da PMDF
Polícia Federal cumpriu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão expedidos pelo STF a pedido da PGR
Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), o ex-interventor federal na segurança pública do DF, Ricardo Cappelli, e o ex-diretor de Inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Moura da Cunha serão testemunhas da Procuradoria-Geral da República (PGR) na denúncia contra oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) que teriam se omitido no 8 de Janeiro.
Além deles, estão o diretor da Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados, Paul Pierre Deeter, e o secretário de Segurança Institucional do Supremo Tribunal Federal (STF), Marcelo Canizeres Schettini Seabra.
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A Polícia Federal realizou na manhã desta sexta-feira (18) uma operação contra o então comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Klepter Rosa Gonçalves, o ex-comandante da corporação coronel Fábio Augusto Vieira e mais cinco oficiais que integravam a cúpula da PMDF durante os atos extremistas de 8 de janeiro.
Os agentes cumpriram mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão expedidos pelo STF a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Os alvos são suspeitos de omissão durante os atos de 8 de janeiro, quando manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
No documento, a PGR afirmou ao Supremo Tribunal Federal que há indícios de que oficiais da PMDF apagaram mensagens e podem ter se comunicado por outras formas ainda não identificadas pela investigação.
Na decisão que autorizou os pedidos, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que o contexto extraído da investigação mostra que todos os denunciados se omitiram intencionalmente, aderindo aos propósitos de um golpe de Estado.
Para Moraes, os policiais em campo retardaram a atuação da PMDF, abriram linhas de contenção para que os "insurgentes pudessem ingressar nos edifícios", deixaram de confrontar a multidão e somente passaram a atuar de maneira eficaz com a anunciada intervenção federal na segurança pública do DF.