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Inelegibilidade de Bolsonaro repercute no Congresso e no Planalto; confira

Por decisão da maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-presidente Jair Bolsonaro ficou inelegível por oito anos

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)

A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos repercutiu entre parlamentares e políticos nesta sexta-feira (30). A ação julga a conduta do ex-chefe do Executivo em uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho do ano passado. Na ocasião, Bolsonaro questionou a segurança das urnas eletrôncas e atacou o sistema eleitoral brasileiro. 

Parlamentares do governo e da oposição usaram as redes sociais para reagir ao julgamento. O deputado Rui Falcão (PT-SP), que é presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, comemorou a decisão da Corte. "Grande dia para o Brasil. Tchau, querido", comentou.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse que o "Brasil comemora" a inelegibilidade do ex-presidente. "A justiça está cumprindo o seu papel da garantia constitucional. Ninguém está acima da lei", disse.

Já o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), aliado da família Bolsonaro no Congresso, lamentou o resultado do julgamento. "Vence o sistema", postou. O presidente da CPMI do 8 de Janeiro, deputado Arthur Maia (União-BA), também comentou o caso. "A esquerda festejando inelegibilidade de Bolsonaro. É faz de conta ou cegueira política?"


O resultado do julgamento também repercutiu no Planalto. Um dos primeiros a comentar foi o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que classificou a decisão como "mais que acertada". 

"Bolsonaro inelegível não é sobre as eleições de 2026, algo ainda muito distante das nossas preocupações. Mas sim sobre o papel do ex-presidente nos ataques à democracia ao não aceitar o resultado das urnas", completou.


Veja a repercussão nas redes sociais:

Relembre o caso

Em julho do ano passado, Bolsonaro convidou diplomatas estrangeiros para uma reunião no Palácio da Alvorada, onde questionou a segurança das urnas eletrônicas. Durante a conversa, ele disse que as urnas completaram automaticamente o voto no PT nas eleições de 2018, que os aparelhos não têm sistemas que permitem auditoria, que não é possível acompanhar a contagem dos votos e que a apuração é realizada por uma empresa terceirizada. Ele também atacou ministros do TSE e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Partidos de oposição acionaram o Supremo e acusaram o presidente de ter cometido crime contra o Estado democrático de Direito, delito eleitoral, crime de responsabilidade e improbidade administrativa. 

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