Inserção de DIU aumenta 38,7% no DF após enfermeiros realizarem procedimento
Antes, atendimento era feito apenas por médicos; medida que facilitou acesso foi elaborada pelo Ministério da Saúde
Brasília|Do R7, em Brasília
Após nota técnica do Ministério da Saúde publicada no ano passado com a recomendação de autorizar a inserção do DIU por enfermeiros, o procedimento aumentou 38,7% no Distrito Federal. Antes, o dispositivo intrauterino era inserido apenas por médicos. No entanto, com a mudança nas regras, mais mulheres conseguiram ser atendidas. Enquanto em 2022 foram registrados 3.742 procedimentos, em 2023 o número subiu para 5.190.
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Para realizar o procedimento, os médicos e enfermeiros passam por capacitação, seguindo as orientações do Ministério da Saúde. A Secretaria de Saúde do DF tem, por exemplo, uma parceria com a Associação Brasileira de Enfermagem para treinar a categoria.
Uma das principais vantagens do DIU é a longa duração do dispositivo. Nas unidades básicas de saúde são utilizados os DIUs de cobre, sem hormônio, que têm duração de aproximadamente dez anos.
O dispositivo é oferecido como parte das opções de planejamento familiar. Para isso, as pacientes interessadas passam por avaliação obstétrica e ginecológica. Caso o método orientado seja o DIU, as mulheres assinam um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido antes da inserção.
Na avaliação da referência técnica distrital e colaboradora de ginecologia da Secretaria de Saúde, Fabyanne Mazutti, o procedimento agora está mais acessível. “A paciente que está saudável e precisa de um método contraceptivo, basta procurar uma das unidades básicas de saúde, que funcionam como porta de entrada para o SUS. Lá, ela será orientada e terá o procedimento agendado”, afirma.