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Itamaraty diz que Brasil continuará negociando com EUA para eliminar tarifas remanescentes

Medida dos EUA isenta carnes, café e frutas brasileiras após semanas de conversas diplomáticas

Brasília|Mariana Saraiva, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O governo dos EUA revogou a tarifa de 40% sobre produtos agropecuários brasileiros.
  • Diversos tipos de carnes, café e frutas como manga e abacaxi agora estão isentos da tarifa.
  • A decisão foi resultado de conversas entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump.
  • O Brasil reafirma seu compromisso em manter diálogos para resolver questões comerciais com os EUA.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Mauro Vieira e Marco Rubio terão reunião no Canadá
Mauro Vieira e Marco Rubio foram os principais negociadores do tarifaço Freddie Everett/US. Department of State

Com a decisão do Governo dos Estados Unidos de revogar o tarifaço, o Ministério das Relações Exteriores informou, na noite desta quinta-feira (20), que o governo brasileiro recebeu com satisfação o fim da tarifa adicional de 40% aplicada a uma série de produtos agropecuários importados do Brasil.

Passam a ficar isentos da tarifa diversos tipos de carne, café e frutas, como manga, coco, açaí e abacaxi.


“O governo brasileiro reitera sua disposição para continuar o diálogo como meio de solucionar questões entre os dois países, em linha com a tradição de 201 anos de excelentes relações diplomáticas. O Brasil seguirá mantendo negociações com os EUA com vistas à retirada das tarifas adicionais sobre o restante da pauta de comércio bilateral”, afirmou o Itamaraty.

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Na publicação, o Itamaraty destacou que a medida é reflexo da conversa telefônica entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Donald Trump, em 6 de outubro, quando ambos decidiram iniciar negociações sobre as tarifas.


O órgão afirmou ainda que Trump recebeu recomendações de altos funcionários de seu governo para retirar a sobretaxa sobre determinadas importações agrícolas brasileiras, em razão do “avanço inicial das negociações” com o Brasil.

O ministério lembrou que a medida tem efeito retroativo a 13 de novembro, data que coincide com a reunião entre o chanceler Mauro Vieira e o secretário de Estado americano, Marco Rubio, em Washington, na qual foram discutidos caminhos para avançar nas tratativas bilaterais para redução das tarifas.


Para quais produtos o tarifaço foi zerado?

A lista de produtos afetados pelo tarifaço reunia sobretudo itens do setor agrícola e alimentar, incluindo carne bovina em diferentes formas — carcaças, cortes frescos, refrigerados ou congelados — e também miúdos, como língua, fígado e outras vísceras, frescas ou congeladas.

Frutas tropicais e de clima quente faziam parte do pacote, entre elas abacaxi, abacate, manga, goiaba, banana-da-terra, laranja e kiwi.


Entravam ainda castanha-do-pará, castanha de caju, coco, além de raízes como mandioca e inhame. Produtos amplamente exportados pelo Brasil, como café, chás, erva-mate e diversas especiarias — pimenta, cravo, gengibre, açafrão, canela — também foram incluídos na lista tarifária.

O tarifaço também incidia sobre polpas e conservas de frutas (especialmente de manga, goiaba e abacaxi), além de açaí e derivados usados para bebidas.

O bloco incluía ainda produtos de cacau — como manteiga, pasta e cacau em pó — mais tapioca, pães e confeitaria utilizada em contextos religiosos, sucos de frutas cítricas e extratos de café e chá.

Fora do setor agrícola, a lista também trazia uma série de minerais, combustíveis e produtos químicos, entre eles minério de ferro, concentrados de estanho, carvãogás naturalóleo cru, gasolina, naftas, combustíveis de aviação, óleos lubrificantes e graxas. Fertilizantes amplamente exportados pelo Brasil — como ureia, sulfato de amônio, nitratos, fosfatos e sais de potássio — estavam igualmente sujeitos às sobretaxas.

No campo químico, apareciam itens como hidróxido de potássio, óxidos e cloretos de estanho e óleos essenciais, incluindo os de laranja.

Outro grupo expressivo reunia peças, componentes e materiais classificados como artigos de aeronaves. Entravam na relação pneus de borracha para aviões, partes de motores, turbinas, rotores, trens de pouso, estruturas metálicas, além de aviões, helicópteros e aeronaves não tripuladas.

A lista também contemplava equipamentos industriais e de tecnologia — como máquinas de processamento automático de dados, impressoras, monitores, celulares e estações de telecomunicações — além de baterias, tubos e perfis de aço, plásticos industriais, mangueiras, ferragens e sistemas de alarme.

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