Itamaraty lamenta morte de segunda brasileira no Líbano e condena ataques
Segundo o ministério, a Embaixada do Brasil em Beirute está prestando assistência à família da adolescente
Brasília|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília
O Itamaraty lamentou nesta sexta-feira (27) a morte da adolescente brasileira Mirna Raef Nasser, de 16 anos, vítima um bombardeio aéreo no Líbano. A jovem é a segunda brasileira morta durante o conflito entre Israel e o Hezbollah. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores condenou os ataques e afirmou que a Embaixada do Brasil em Beirute está prestando assistência à família da adolescente.
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“Ao expressar à família as mais sentidas condolências, o governo brasileiro reitera a condenação, nos mais fortes termos, aos contínuos ataques aéreos israelenses contra zonas civis no Líbano e renova o apelo às partes envolvidas para que cessem imediatamente as hostilidades”, diz o texto.
O pai de Mirna, que é libanês, estava com ela durante o bombardeio e também não resistiu. Segundo informações da RECORD, a adolescente, natural de Balneário Camboriú (SC), se mudou com a família para o Líbano quando tinha 1 ano. Mirna e seu pai estavam na casa da família para buscar pertences pessoais quando um foguete atingiu o local na última segunda-feira (23).
No mesmo dia, outro adolescente brasileiro e seu pai, de nacionalidade paraguaia, morreram após serem atingidos por uma explosão durante os bombardeios aéreos israelenses na região. Os familiares são de Foz do Iguaçu, no Paraná.
O grupo terrorista Hezbollah e Israel possuem um histórico de tensões, que já resultou em uma guerra em 2006. Em outubro de 2023, o conflito na região se intensificou. Na ocasião, o também grupo terrorista Hamas invadiu Israel, resultando na morte e sequestro de civis. Israel, então, declarou guerra contra o Hamas e iniciou uma série de ofensivas na Faixa de Gaza. Hezbollah, por sua vez, começou a lançar foguetes contra o país a fim de demonstrar apoio ao Hamas e à população de Gaza.
Repatriação de brasileiros
Com a intensificação dos bombardeios por Israel na região sul do Líbano, o governo começou a coletar informações de brasileiros e familiares de primeiro grau que estão no Líbano e desejam receber apoio. Atualmente, estima-se que cerca de 21 mil cidadãos brasileiros residam no território libanês, de acordo com o Itamaraty.
O Ministério das Relações Exteriores enviou, ainda, instruções para a Embaixada do Brasil em Beirute para iniciar um processo de consulta com os brasileiros no país, buscando saber se o grupo deseja ajuda do governo brasileiro para ser repatriado.