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R7 Brasília

Justiça condena hospital particular a pagar indenização de R$ 126 mil 

Uma criança com síndrome de Down morreu após médica errar dosagem de soro

Brasília|Do R7, em Brasília

Justiça condenou hospital a indenizar pais do menino
Justiça condenou hospital a indenizar pais do menino

A Justiça do Distrito Federal condenou um hospital particular da Asa Norte a pagar R$ 120 mil para uma família que perdeu filho de quatro anos com síndrome de Down por negligência médica. Segundo a família, a criança era saudável e não tinha problemas de saúde.

Em abril de 2019, o menino Miguel Rezende foi levado ao hospital e diagnosticado com uma infecção, além de um quadro de desidratação. Após consulta, o médico orientou que Miguel fosse levado para casa, mas a mãe dele, que também é médica, solicitou a internação do menino para tomar soro na veia.

De acordo com o relato da família a quantidade de soro aplicada no pequeno Miguel foi quatro vezes menor do que o necessário para a recuperação da criança. O menino ficou internado durante uma semana no hospital. Ele teve um edema cerebral e choque séptico refratário que acabaram o levando a óbito.

O pai de Miguel, o radialista Daniel Rezende, disse que ele e a esposa analisaram o prontuário médico do filho e encontraram sucessívos erros. “A gente observou que foi colocado o soro para correr de forma insuficiente. Meu filho foi mandado para morrer em casa” lamentou. Daniel Rezende contou que eles decidiram levar o caso à Justiça para evitar que tais negligências médicas voltem a acontecer com outras crianças ou com pessoas que tenham necessidades especiais.


Para a família de Miguel, a indenização decidida pela Justiça é baixa. A advogada que cuida do caso, Janaína César, disse que a família do garoto vai recorrer da decisão. “O valor da indenização não foi tão coerente com o dano. Isso traz um sentimento de indignação e até mesmo de revolta. É por isso que estamos recorrendo, para que a justiça seja feita”, explicou a advogada.

A Justiça do DF entendeu que houve negligência e a atuação da equipe médica foi deficitária ao subestimar os sintomas do paciente. Segundo a defesa do hospital, o quadro do Miguel se agravou, porque o menino tinha síndrome de Down. A rede de atendimento particular lamentou o incidente e disse que não comenta casos que estão na Justiça.

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