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Justiça do DF condena empresa a pagar R$ 10 mil por adiar show de Taylor Swift minutos antes

Moradora de Brasília teve custos com a compra do ingresso, passagem, hospedagem e transporte até o local

Brasília|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília


Fã de Brasília gastou mais de R$ 5 mil para show Reprodução/Instagram/@taylorswift - Arquivo

O 4º Juizado Especial Cível de Brasília condenou a T4F Entretenimento S/A, responsável por organizar os shows da Taylor Swift no país, a indenizar uma mulher em mais de R$ 10 mil por remarcar a apresentação da artista no Rio de Janeiro minutos antes do início. A quantia é referente a R$ 5.578,07 por danos materiais e de R$ 5 mil por danos morais.

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A decisão é sobre o show que estava previsto para 18 de novembro do último ano, um sábado, e foi adiado para o dia 20, segunda-feira. A T4F anunciou que a apresentação não iria acontecer por volta de 18h, menos de meia hora antes do horário marcado de início. A empresa afirma que a decisão foi em prol da segurança e bem-estar do público diante do calor extremo do dia.

O processo afirma que a mulher, que é moradora de Brasília, teve gastos com os ingressos, passagens aéreas, hotel e transporte até o local do evento. Ela conta, ainda, que às 18h, o estádio “já estava bem cheio e o calor extremo já havia passado”, e que o anúncio do adiamento causou “comoção e revolta generalizada”. A mulher acusa a empresa responsável de não cumprir o contrato e que a mudança de horário foi “intempestivo e desarrazoado”, o que demonstrou negligência e expôs o público a “riscos indevidos”.

A empresa se defendeu dizendo que o adiamento foi devidamente comunicado e que a gestão do evento era “complexa”, e que a mudança de data foi avisada quando a T4F “estava munida de informações completas e claras para transmitir ao público”.


Na decisão, a juíza Oriana Piske afirma que o acontecimento foi uma “crassa falha de serviço”, considerando que empresas precisam se preparar para possíveis mudanças climáticas. A magistrada pontua que a T4F permitiu, “de forma irresponsável”, que as pessoas acessassem o local para depois anunciar o adiamento, o que prova “despreparo e amadorismo”.

A juíza deu um prazo de 15 dias para o pagamento da indenização, sob pena de multa de 10% do valor. Cabe recurso da decisão. O R7 entrou em contato com a defesa e ainda não teve retorno. O espaço segue aberto.


Relembre

A temporada de shows da cantora pop Taylor Swift no Brasil foi cercada de tribulações. No primeiro show no pais, em 17 de novembro, uma fã morreu depois de passar mal por causa do calor. A sensação térmica dentro do Engenhão alcançou 60ºC, e fãs relataram um grande desconforto com o calor, dificuldade para comprar água e disseram que as saídas de ar do estádio estavam bloqueadas por tapumes, o que dificultou a ventilação no local.

Ana Clara Benevides, de 23 anos, desmaiou pouco antes de a cantora americana entrar no palco e chegou a receber os primeiros atendimentos no local. Depois, foi enviada para o Hospital Municipal Salgado Filho, mas não resistiu.

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